1.648 municípios transferiram serviços de água e esgoto, união de esforços contra o crime organizado, em diversos Estados, com ação da força-tarefa contra o PCC.
O Governo paulista anunciou uma força-tarefa para investigar a execução de um delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Aeroporto de Guarulhos, mas o modelo de força-tarefa não é suficiente para garantir a efetividade da investigação. Rafael Alcadipani, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, defende uma abordagem mais abrangente para combater o crime organizado no estado.
O Estadão destaca que a força-tarefa anunciada pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, não aborda as raízes do problema, que são a corrupção e a impunidade no estado. A política de segurança pública do Governo paulista precisa ser revista para priorizar a prevenção e a repressão do crime, além de fortalecer as instituições de segurança pública. Rafael Alcadipani afirma que só com uma abordagem integral é possível combater efetivamente o crime organizado no estado.
Uma união necessária para o combate ao crime organizado
Agora mais do que nunca, é fundamental a união de esforços para combater o crime organizado, e isso não se limita à colaboração entre as polícias estaduais. É necessário envolver também o Ministério Público Federal, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e, se necessário, as Forças Armadas. Esse é o entendimento do especialista em matéria de segurança, Alcadipani.
A forma como a força-tarefa foi estruturada em São Paulo é um exemplo da falta de capacidade de articulação entre o governo estadual e o federal. A ausência de diálogo mínimo entre os dois níveis de governo é uma grande dificuldade para resolver o problema. A falta de coordenação pode levar a uma investigação mais lenta e menos eficaz.
A força-tarefa deveria ter como foco ações do PCC em diversos Estados, e não apenas uma investigação de um caso específico. O objetivo é combater o crime organizado em sua totalidade, e não apenas uma faceta dele. O especialista alerta que investigações como essa demoram tempo e requerem a colaboração de várias agências.
O chefe da força-tarefa será o número dois da Secretaria de Segurança Pública, o delegado Osvaldo Nico Gonçalves. A Polícia Federal também abriu inquérito para investigar o caso. O segredo de Segurança Pública, Guilherme Derrite, anuncia a criação de força-tarefa para investigar o assassinato que ocorreu no Aeroporto de Guarulhos.
A Política está em jogo, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em campos opostos. O episódio do aeroporto é considerado muito sensível no Palácio do Planalto e no Palácio dos Bandeirantes. A ideia de federalizar o crime foi mal vista pelas autoridades paulistas.
A composição da força-tarefa será a seguinte:
I. Osvaldo Nico Gonçalves – Secretário Executivo da Segurança Pública
II. Caetano Paulo Filho – Delegado de Polícia, Diretor do DIPOL
III. Ivalda Oliveira Aleixo – Delegada de Polícia, Diretora do DHPPIV
IV. Pedro Luís de Souza Lopes – Coronel PM, Chefe do Centro de Inteligência da Polícia Militar
V. Fábio Sérgio do Amaral – Coronel PM, Corregedor da Polícia
Fonte: @ Estadão
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