Maioria dos brasileiros quer restrições para o uso de drogas, projetos tramitam em Congresso e Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) com investigação sobre vítima ou delator.
Um assunto de interesse policial está em andamento no país, envolvendo o caso do empresário que delatou o PCC. O ponto de referência principal é o caso de assassinato do empresário que delatou o PCC na área do Aeroporto de Guarulhos, na sexta-feira, 8 de março de 2024.
Segundo informações, o governo federal está considerando a federalização do caso. Essa medida poderia trazer maior eficácia na investigação, tendo em vista o envolvimento de um empresário de uma região importante do país. A decisão pode ser influenciada pela evidência de que o assassinato foi cometido por meio de um telefone celular utilizado para programar o encontro. A atuação do celular como ferramenta utilizada pelos assassinos pode ser um fator importante na investigação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está sendo informado sobre o caso, e a decisão de federalizar o caso pode estar próxima. Se for aprovado, isso poderia levar a uma investigação mais rápida e eficaz, com o apoio de recursos e especialistas federais.
Crise Política
A investigação sobre o crime ocorrido no Aeroporto Internacional de SP, em Guarulhos, assume proporções políticas, destacando-se a questão de competência entre a Polícia Federal e as autoridades estaduais. O fato de o crime ter sido cometido dentro do maior terminal aeroportuário do país, com consequências interestaduais, já é um argumento forte para a federalização. A vítima, Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, era um delator de investigação do Ministério Público de São Paulo, colaborando com as autoridades para combater o crime organizado.
A imprensa noticiou que a Polícia Federal poderia assumir a investigação, considerando os elementos apresentados. Isso ocorreria mesmo se a vítima estivesse envolvida em investigações sobre o PCC, o que também não descartaria a responsabilidade da Polícia Federal.
A dinâmica de funcionamento do aeroporto e a repercussão interestadual das consequências do crime têm sido destacados como argumentos. Por outro lado, o entendimento predominante é que o crime ocorreu fora de área de jurisdição federal e estaria relacionado a um caso que tramita sob cuidados do Ministério Público estadual.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) manifestou-se sobre o episódio, nas redes sociais, na noite de sexta-feira, 8. Ele disse que todos os responsáveis serão severamente punidos, reforçando seu compromisso de combater o crime organizado em São Paulo com firmeza e coragem. O Ministério da Justiça não se manifestou sobre possível federalização. Após a publicação da reportagem, a pasta informou que está acompanhando a investigação e prestando todo o apoio necessário à Polícia Civil de São Paulo, disponibilizando peritos e equipamentos.
Questionada se o episódio reforça a importância da PEC apresentada a governadores pelo ministro Ricardo Lewandowski, a pasta respondeu que ela facilitará a troca de informações sobre facções criminosas, além de propiciar a realização de operações conjuntas das distintas polícias.
Líder do governo defende que PF assuma o caso
O líder em exercício do governo no Senado, Otto Alencar (PSD-BA), vê margem para que a PF assuma o caso. ‘Sem dúvida nenhuma (deve federalizar), até porque tem suspeita de participação de policiais militares do Estado de São Paulo. Com todo o respeito que tenho às polícias Civil e Militar, tem que trazer para a Polícia Federal. O que aconteceu me deixa muito preocupado. Caso traz um retrato da influência grande das organizações criminosas ligada ao tráfico de drogas e ao crime de mando’, disse à imprensa.
Fonte: @ Estadão
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