Ministério Público do Rio de Janeiro realizou julgamento dos réus confessos de executarem Marielle Franco e Anderson Gomes.
Em reação às declarações dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, os promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro que atuaram nas investigações do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes afirmaram que não há evidências de que os acusados estejam arrependidos do crime.
Os promotores reforçaram que as investigações apontaram para a participação dos ex-policiais militares nas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes, sendo considerado um dos mais graves crimes da história do Brasil. A decisão pelo encarceramento dos acusados foi tomada após o julgamento do caso, pois foram comprovadas as provas das acusações. Os promotores reforçaram que as declarações dos acusados devem ser consideradas com cautela, pois o crime de homicídio é grave e comprovado.
Crime e Arrependimento: Uma Farsa no Interrogatório
A sessão do Tribunal do Júri no dia seguinte foi marcada por declarações de arrependimento de Ronnie Lessa, o ex-PM condenado pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. No entanto, o promotor Fábio Vieira afirma que tal sentimento não é genuíno. ‘Eles não estão com sentimento de arrependimento, eles estão apenas tristes por terem sido presos.’ O promotor sustenta que os dois confessaram o crime apenas porque isso lhes traria benefícios, uma característica típica do sociopata, indivíduo sem empatia ou valores.
O Desenvolvimento do Caso e a Investição
No decorrer das investigações, o Ministério Público, em conjunto com a polícia e a Defensoria, recolheu provas incriminadoras, levando à conclusão de que os assassinos eram Ronnie Lessa e Élcio Queiroz. ‘Ninguem foi lá bater na porta da DH, quando todo mundo queria saber o que acontecera. ‘Fui eu, estou arrependido disso”, disse o promotor.
A Contribuição do Grupo de Atuação Especializada
O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do MPRJ (GAECO/FTMA) participou ativamente do caso, solicitando a condenação máxima dos réus. A pena de até 84 anos de prisão foi imputada a Ronnie Lessa e Élcio Queiroz por duplo homicídio triplamente qualificado, um homicídio tentado e a receptação do veículo utilizado no dia do crime.
Conclusão Absoluta e Ação do Ministério Público
O promotor Fábio Vieira enfatizou a importância da conclusão absoluta obtida após a coleta de provas. ‘Essa é a característica do sociopata, indivíduo que não sente emoção em relação aos outros.’ O Ministério Público, em conjunto com segmentos da polícia e da Defensoria, contribuiu significativamente para a resolução do caso, destacando a importância da sociedade inteira na busca pela justiça.
Fonte: @ Estadão
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