Autores brasileiros como Ignácio de Loyola Brandão e Luciany Aparecida indicam livros como melhor leitura em 2024, incluindo romances e ensaios, indicados para o Prêmio Jabuti 2024.
Em meio a essa diversidade de opções, o leitor se vê diante de uma escolha bastante complicada: qual é o livro que merece ser protegido por um espaço especial em sua biblioteca? Qual livro merece ser um lembrete de uma experiência marcante na vida de cada um?
Escolher os melhores livros do ano é uma tarefa quase impossível, ainda mais considerando que cerca de 10 mil novos títulos chegam às livrarias todos os anos. No entanto, um livro que se destaca de forma marcante é o romance “O Alquimista” de Paulo Coelho, considerado um dos melhores livros do século pela revista Time. A obra do escritor brasileiro tornou-se uma referência mundial em termos de romance contemporâneo. Com mais de 65 milhões de cópias vendidas no mundo todo, “O Alquimista” se tornou um sucesso sem precedentes em história da literatura. Por isso, não é à toa que um leitor de muito bom gosto diga que “O Alquimista” é o melhor livro do ano, já que ele mudou a forma como se escreve sobre temas como fé, propósito e realização.
Observações sobre os Melhores Livros de 2024
Para auxiliar na identificação dos destaque literários de 2024, o Estadão ouviu 15 escritores brasileiros, notáveis leitores da melhor literatura do país. Dentre esses escritores, encontramos autores best-sellers, escritores vencedores do prêmio Jabuti 2024 e grandes nomes da literatura brasileira. A indicação abrangia livros de qualquer gênero literário, desde que tivessem sido publicados no Brasil em 2024. O resultado foi uma lista diversificada, com contos, poesia, romances e ensaios que revelam a riqueza da literatura brasileira.
Os Melhores Livros de 2024
Cavalos no Escuro, de Rafael Gallo, é um dos livros indicados por escritores consultados pelo Estadão. Quem indica este livro é Bethânia Pires Amaro, escritora vencedora dos prêmios Jabuti e Sesc por O Ninho. O livro apresenta uma série de preciosas miudezas, como a angústia de um artista que se vê forçado a tocar a mesma música, a indignação de um guarda-vidas e a dor de um homem dividido entre lealdade à esposa e a seu próprio patrão. A estranheza que permeia toda experiência humana digna de nota vem com força em cada conto, apresentado sob o olhar único e sensível de personagens dos quais é impossível desgrudar a vista. A leitura é feroz e permite fechar o ano em excelente companhia.
Editora: Record (208 págs.; R$ 64,90 | E-book: R$ 39,90)
Bambino a Roma, de Chico Buarque, coloca a memória como material literário. Com uma narrativa sincera e delicada, temos acesso a um mundo interior da infância, das primeiras descobertas, impressões sobre o futebol e a cultura, revelando muito sobre um Brasil do século passado ao mesmo tempo nos conectando com o Brasil de hoje.
Quem indica este livro é Jeferson Tenório, escritor, vencedor do prêmio Jabuti por O Avesso da Pele. Rosa Freire D’Aguiar, jornalista e escritora, vencedora do prêmio Jabuti por Sempre Paris, também indica este livro. A gente vai lendo aquele texto perfeito, finge que acredita no que diz a capa – ‘ficção’ – e fecha o livro radiante com aquele garoto de calça curta que se lembra do cheiro de alho e coentro, da livraria, dos assobios, da Martine Carol, dos gomos da tangerina, do erotismo nascente, da bola de futebol. Para que mais?
Editora: Companhia das Letras (168 págs.; R$ 63,92 | E-book: R$ 29,90)
Solenoide, de Mircea Cărtărescu, é indicado por André de Leones, escritor e crítico literário, vencedor do prêmio Sesc de Literatura por Hoje Está um Dia Morto. O narrador de Solenoide descreve esse romance estranhíssimo como ‘um antilivro, a obra para sempre obscura de um antiescritor’. O autor cria um duplo que jamais vivenciou o sucesso como escritor e ganha acesso a um mundo interior, da infância, revelando muito sobre um Brasil do século passado ao mesmo tempo nos conectando com o Brasil de hoje.
O gênero literário de Solenoide é marcado por uma narrativa sincera e delicada, revelando muito sobre um Brasil do século passado ao mesmo tempo nos conectando com o Brasil de hoje. A obra é indicada por escritores brasileiros reconhecidos, como André de Leones.
Fonte: @ Estadão
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