Luis Fernando Saab, filho de Hussain Aref Saab, ex-diretor do Departamento de Edificações, é réu por movimentações suspeitas que causaram constrangimento e prejuízo profissional, em caso ilegal que envolve a Secretaria Municipal de Habitação, Servcenter e Empreendimentos.
A defesa do delegado Luis Fernando Saab, da Polícia Civil de São Paulo, está lutando para evitar a continuação da ação penal que o acusa de lavagem de dinheiro. Os advogados Osvaldo Gianotti Antoneli e Caio Grimaldi apresentaram um pedido de habeas corpus, alegando que o processo está causando um constrangimento ilegal ao delegado.
No entanto, a acusação afirma que há evidências suficientes para prosseguir com a investigação sobre a lavagem de valores e a possível lavagem de bens. A defesa, por outro lado, argumenta que a acusação é infundada e que o delegado está sendo vítima de uma perseguição injusta. A lavagem de dinheiro é um crime grave e complexo, e a defesa do delegado Saab precisa apresentar provas sólidas para refutar as acusações. A verdade precisa ser revelada.
Lavagem de Bens e Valores: Um Caso de Suspeita de Lavagem de Dinheiro
O processo em questão tramita na 2.ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de São Paulo, e envolve a suspeita de lavagem de dinheiro e lavagem de bens. Ao receber a denúncia, o juiz determinou a notificação da Corregedoria da Polícia Civil, o que pode gerar um processo administrativo disciplinar. A defesa dos acusados afirma que, se não for suspensa, a ação penal tem potencial para causar um grave prejuízo profissional ao delegado Luis Fernando Saab.
Luis Fernando Saab e sua irmã, Ana Paula Saab Zamudio, foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo por suspeita de ajudar a lavar propinas que o pai, Hussain Aref Saab, já falecido, teria recebido no Departamento de Aprovações e Edificações da Prefeitura de São Paulo, entre 2005 e 2012, em troca da liberação de alvarás. Eles negam as acusações e alegam que as suspeitas foram ‘exaustivamente’ analisadas em outras investigações e processos criminais e que todos foram arquivados ou terminaram em absolvição, inclusive com parecer favorável do próprio Ministério Público.
Lavagem de Dinheiro e Lavagem de Bens: Um Caso de Suspeita de Corrupção
Pai e filhos eram sócios na SB4 Patrimonial, empresa que, segundo o MP, teria sido usada para ‘dissimular’ a propriedade de dezenas de imóveis supostamente recebidos como contrapartida pelas autorizações emitidas em favor de construtoras. Ao todo, o servidor teria acumulado 113 imóveis em São Paulo no período em que foi diretor do Departamento de Edificações, que compõe o guarda-chuva administrativo da Secretaria Municipal de Habitação, nas gestões dos ex-prefeitos José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD).
No centro desta ação específica estão seis apartamentos na Rua Leopoldo de Bulhões, na Vila Clementino, transferidos a Aref pela Servcenter Empreendimentos. A defesa afirma que, ao abrir uma nova ação sobre o caso, o juiz ‘consentiu com um manifesto cenário de constrangimento ilegal‘ porque permitiu que os irmãos ‘suportassem o estigma de serem processados por fatos já solucionados’. ‘Ora, quantas vezes mais os pacientes terão que responder por investigações e processos criminais antes que o Ministério Público pare de tentar ‘requentar’ matéria já ampla e exaustivamente tratada no campo penal?’, questiona a defesa.
Fonte: @ Estadão
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