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Dos R$ 453 mi a cortar do Ministério da Agricultura, R$ 290 mi serão na secretaria de Política Agrícola.
Para atender à redução no orçamento de R$ 453 milhões imposto pela equipe econômica do governo federal ao setor, o Ministério da Agricultura (Mapa) teve que cortar os gastos em duas áreas fundamentais, ambas sob a responsabilidade da Secretaria de Política Agrícola (SPA). Foi necessário tomar uma decisão, de acordo com informações de uma fonte envolvida na análise para a escolha.
A medida afetou diretamente o seguro rural, um dos pilares de proteção para os agricultores brasileiros. A redução do investimento nesse setor pode ter consequências significativas para a segurança financeira dos produtores rurais, que dependem do seguro agrícola para garantir a estabilidade de suas atividades no campo.
Seguro Rural: Política e Recursos em Destaque
Durante uma entrevista ao Agro Estadão, foi destacado o compromisso inabalável com a política de seguro rural, mesmo que isso signifique sacrificar a comercialização da safra. A recente confirmação do perdão de dívidas a produtores rurais afetados por enchentes no Rio Grande do Sul gerou repercussão. No entanto, a falta de recursos do governo federal tem impedido que quatro em cada dez agricultores obtenham subsídios do seguro agrícola.
A Câmara aprovou medidas de perdão e prorrogação de dívidas rurais no RS, refletindo cortes significativos no orçamento destinado à Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). O Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR) também sofrerá redução de recursos, apesar de manter-se como o segundo maior valor já disponibilizado.
O ex-secretário de Política Agrícola do Mapa, José Carlos Vaz, observou que o corte era esperado, especialmente após a ausência de recursos para o PSR no Plano Safra. A decisão de priorizar o seguro rural em detrimento de outras áreas foi evidente, resultando em ajustes no orçamento da SPA e realocação de verbas.
Com o replanejamento necessário devido aos cortes, as seguradoras terão que ajustar suas estratégias para lidar com o orçamento reduzido. A redistribuição de recursos entre as regiões e a necessidade de reavaliar o planejamento a longo prazo são desafios iminentes. A incerteza quanto aos investimentos futuros no setor de seguro rural levanta questões sobre a estabilidade e atratividade do mercado, impactando a confiança dos investidores.
Fonte: @ Estadão
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