Clientes de internet via satélite relatam acesso normal em rede social. Especialista confirma disponibilidade da plataforma.
BRASÍLIA – Utilizadores da internet da Starlink continuam a aceder normalmente ao X, antigo Twitter, até pelo menos as 22h40 deste sábado, 31, horas após a maioria dos fornecedores com operação no Brasil ter cumprido a ordem de suspender o acesso à rede social do magnata Elon Musk. O serviço de internet via satélite da Starlink também é do bilionário sul-africano, operado através da empresa Space X.
Os usuários da Starlink estão a usufruir de um acesso ininterrupto ao X, antigo Twitter, mesmo após a maioria dos provedores no Brasil ter acatado a ordem de suspensão da rede social de Elon Musk. O serviço de internet via satélite da Starlink, pertencente ao empresário bilionário sul-africano, é operado pela empresa Space X, garantindo a continuidade da conexão dos utilizadores.
Starlink: Tecnologia de Satélites de Elon Musk em Destaque
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a suspensão do X após a rede social descumprir decisões judiciais. Em grupos de usuários de Starlink no Facebook, clientes da tecnologia de satélites de Elon Musk relatam acesso normal ao X, mesmo após a ordem de suspensão da rede social por Alexandre de Moraes.
Thiago Ayub, diretor de tecnologia da empresa Sage Networks, realizou testes a pedido do Estadão e confirmou que os clientes da Starlink ainda têm acesso ao X. ‘Sim, o X ainda está acessível a clientes da Starlink neste momento e recebi evidências de clientes do serviço em solo brasileiro que continuam navegando com sucesso pelo serviço’, afirmou Ayub.
Empresários que revendem a Starlink na região Norte também confirmaram a disponibilidade do X aos clientes conectados pela tecnologia de Musk. Em grupos de usuários da Starlink no Facebook, clientes da tecnologia têm afirmado que o acesso à rede social continua sendo possível quando conectados pela internet via satélite.
Um cliente demonstrou tentativas de acesso ao site x.com por meio da internet móvel e da banda larga da Starlink em seu celular. No primeiro teste, a página ficava indisponível, mas no segundo, o acesso ocorreu sem restrições.
Thiago Ayub explicou que as equipes técnicas das empresas devem realizar procedimentos para operacionalizar os bloqueios para os clientes brasileiros. ‘O bloqueio se dá, inclusive, no mesmíssimo tipo de equipamento que as demais operadoras usam: o roteador de borda e o servidor DNS. Não há uma característica intrínseca ao serviço da Starlink que a impeça de realizar bloqueios de acesso a sites e aplicativos’, disse.
Ayub mencionou outra forma de bloquear o acesso ao X aos clientes da Starlink, caso a empresa decida descumprir a ordem judicial de Moraes. ‘O papel do satélite é retransmitir o sinal para a Terra o mais rápido possível e para a maioria dos clientes brasileiros isso se dá em bases terrestres da Starlink em solo brasileiro. Nessas bases chegam as fibras óticas oriundas de empresas que são fornecedoras da Starlink. Se essas empresas forem notificadas pela Anatel, elas poderão realizar o bloqueio antes mesmo que o tráfego chegue em equipamentos da Starlink’, explicou.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) afirmou que vai fiscalizar o cumprimento da ordem de Moraes a partir de segunda-feira, 2. A agência notificou os cerca de 20 mil provedores de internet que prestam serviços no país. A Starlink possui pelo menos 215 mil pontos de ‘acesso’ no Brasil, de acordo com dados da agência sobre clientes de empresas de telecomunicações.
Fonte: @ Estadão
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