O mundo precisa de quem zela pela natureza. A justiça climática começa com proteção do verde, da água e da atmosfera, redução do descarte de resíduos e descarbonização. Fazer o imprevisível e responder às demandas atuais é crucial para a sobrevivência digna dos jovens nascidos após 2000. Seus desafios incluem transtornos mentais e desempenho profissional em um mercado de trabalho que evolui com tecnologias de informação e comunicação, educação superior e constantes mudanças.
No entanto, a evolução da sociedade pode ser percebida em diferentes contextos, como o aumento da empregabilidade e a diversidade de ocupações. A transformação tecnológica desencadeou mudanças significativas na atividade profissional, forçando indivíduos a se adaptarem às novas necessidades do mercado de trabalho.
A transformação digital trouxe emprego em massa, com a criação de novas oportunidades e a expansão de setores que antes não existiam. Além disso, a necessidade de se manter atualizado e capacitado para o mercado de trabalho se tornou cada vez mais profissional. Mas é inegável que a pandemia da Covid-19 trouxe um novo panorama, onde se busca uma ocupação estável e segura. Da mesma forma, a atividade diária em casa e a necessidade de manter a saúde mental se tornaram pontos de atenção para muitas pessoas.
A Crise do Emprego no Brasil: Uma Realidade que Demora a Ser Reconhecida
A Tragédia como Cenário para a Reflexão sobre Emprego
Antes mesmo de a pátria ter o tempo de se recuperar de um dos maiores desastres da sua história, a realidade do emprego não parece estar mudando. Cerca de um milhão de vidas foram perdidas em decorrência da tragédia. No entanto, como não houve tempo para o luto, também não houve tempo para as cerimônias fúnebres, que são uma tradição tão forte no Brasil. O que se viu foram poucas missas, poucos cultos de memória e uma presença flutuante da ausência dessas almas queridas, ceifadas pelo vírus. A desaceleração das atividades produtivas não parece ser algo que esteja acontecendo.
Desafios na Formação Profissional no Brasil
A realidade é que a demanda por novas qualificações, aquelas que não são abordadas pela educação tradicional, não está gerando uma resposta concreta do setor que precisa delas. A iniciativa privada não está participando da necessidade de mudar o ensino no Brasil, que cada vez mais se encontra para trás em relação a outros países mais avançados. A classe mais favorecida, que antigamente mandava seus filhos estudar no exterior apenas para a pós-graduação, agora prefere que eles já cursem escolas no exterior a partir do ensino médio. A escolha de universidades americanas para o bacharelado está cada vez mais frequente nos Estados Unidos, onde o mecenato funciona, ao contrário do Brasil, onde as tentativas de aproximar a universidade do mercado são rejeitadas por ideologias arcaicas. Daí o descompasso entre os cursos superiores e a real necessidade do país.
A Educação Superior no Brasil: Um Problema que Não Encontra Respostas
A sociedade está inundada de bacharéis que estudaram em um estudo anacrônico e superado que prioriza a memorização e não obriga a pensar. O drama é que, depois de anos de frequência às aulas, os portadores de diplomas não conseguem sobreviver com o exercício da profissão para a qual, presume-se, deveriam ter sido preparados. A cada semestre, milhares de bacharéis são arremessados ao mercado e sobrevivem exercitando vários instrumentos. Os que podem se submetem à memorização de tudo aquilo que já viram durante o curso, entregando-se inclusive a ‘coachs’ que são especialistas em preparar candidatos aos concursos públicos, notadamente para as carreiras jurídicas.
O Brasil e o Problema do Excesso de Faculdades de Direito
O Brasil, que tem sido divulgado e não merece comentários nem reações, tem – sozinho – mais Faculdades de Direito do que a soma de todas as outras que existem no restante do planeta. Um dos efeitos perversos é o crescimento vegetativo e descontrolado de mais cargos, estruturas e até Tribunais, para acolher os diplomados e tornar o sistema Justiça cada vez mais complexo, lento e burocrático. O desalento dos que não são aproveitados, embora portadores de um ‘cartucho’ universitário gera uma epidemia silenciosa de transtorno mental.
A Inteligência Artificial: Uma Oportunidade para Criar Empregos
É preciso fazer um levantamento sério sobre as anomalias de comportamento que acometem os que se consideram aptos para o desempenho de funções de relevo e não encontram espaço na burocracia estatal. Urge mostrar à juventude que existem outros caminhos, abertos pela demanda. A Inteligência Artificial pode ser aliada ou algoz. Quem souber trabalhar com ela encontrará fórmulas de sobrevivência, criando startups que resolvam problemas aparentemente insolúveis. Também é conveniente lembrar que as tecnologias de informação e comunicação, a educação superior, o mercado de trabalho, o transtorno mental e o desempenho profissional estão entre os temas que precisam ser abordados.
Fonte: @ Estadão
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