Powell destaca a importância da leitura do nível de emprego americano em outubro, relacionado ao sistema reprodutivo e à corrente sanguínea, em estudos da Faculdade de Medicina de uma Universidade Livre e Laboratório Nacional.
Um estudo inovador realizado na Faculdade de Medicina da USP, em colaboração com a Universidade Livre de Berlim e apoiado pelo Laboratório Nacional de Luz Nacional de Synchronton em Campinas, revelou a presença de microplástico no cérebro humano. Essa descoberta alarmante foi feita após a análise de quinze cérebros de pessoas que faleceram e residiam em São Paulo.
A presença de microplástico no cérebro humano é um sinal de alerta para a necessidade de reduzir o uso de plástico em nosso cotidiano. O polipropileno, um tipo de material amplamente utilizado em embalagens e produtos de consumo, é um dos principais responsáveis pela poluição por microplástico. É fundamental que tomemos medidas para minimizar o impacto desse material no meio ambiente e na saúde humana. A conscientização é o primeiro passo para uma mudança significativa.
Microplásticos: O Inimigo Silencioso
Pesquisadores descobriram resíduos de plástico em oito indivíduos que não trabalhavam na indústria de produção de material. O polipropileno, um tipo de plástico comum em roupas, embalagens de alimentos, garrafas e pneus, foi o mais detectado. Essas partículas inaladas na respiração são minúsculos fragmentos de plástico, menores do que cinco milímetros, que se transformam em micropartículas através da decomposição e outros processos. Elas mediram entre 5,5 e 26,4 nanômetros.
Esses microplásticos não estão apenas no cérebro, mas também nos pulmões, no sistema reprodutivo e na corrente sanguínea dos humanos. Além disso, o plástico também está nas artérias, contribuindo para o seu entupimento. A surpresa dos pesquisadores ao descobrirem plástico no sistema nervoso foi devido à barreira hematoencefálica, que regula o transporte de substâncias entre o sistema nervoso central e o sangue, conforme explica a professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Thais Mauad.
A Via Olfativa: Uma Rota de Entrada para os Microplásticos
O objetivo do estudo era verificar se o material conseguia chegar até o cérebro. O resultado da pesquisa, publicado no Journal of the American Medical Association (Jama), indica a via olfativa como uma das prováveis rotas de entrada dos microplásticos no cérebro. Isso porque foram identificados fragmentos dessas partículas no bulbo olfatório, a área responsável por processar odores. A via sanguínea ainda deve ser estudada para analisar a capacidade desses materiais superarem a barreira hematoencefálica.
A presença de plástico no sistema nervoso é prejudicial à saúde? A influência nefasta já foi comprovada em relação a outros sistemas, como um risco quatro vezes maior de problemas cardíacos graves e morte em pessoas com o coração contaminado. Além disso, a exposição contínua aos microplásticos e seus aditivos químicos gera uma série de outras consequências graves para a saúde humana, como distúrbios endócrinos e redução da fertilidade.
O Microplástico: Um Veneno Silencioso
O microplástico é neurotóxico, levando a alterações no comportamento, lesão celular e até modificações de enzimas que são importantes para os neurotransmissores. Sem isso, os humanos perdem suas capacidades cognitivas e deixam de ser animais racionais. O plástico não é degradável por nossas enzimas e vai se acumulando em nosso corpo. Suas partículas são internalizadas pelas células e interferem no seu metabolismo. Algo verdadeiramente trágico, principalmente para crianças com o cérebro em desenvolvimento.
A Universidade Livre de Berlim, em parceria com o Laboratório Nacional de Nanotecnologia, está realizando estudos para entender melhor os efeitos dos microplásticos no corpo humano. É fundamental que continuemos a investigar e a conscientizar a população sobre os riscos associados ao plástico e aos microplásticos.
Fonte: @ Estadão
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