Filósofo fez provocações a presidentes de varejo, financeiro, infraestrutura e tecnologia em encontro de Esfera Brasil, criticando a concepção da divisão da vida humana. Ex-ministro questionou gestões petistas.
O filósofo e ex-ministro de Assuntos Estratégicos Roberto Mangabeira Unger não poupou críticas aos petistas na noite desta segunda-feira, 11, quando falou para empresários. Ele apontou que o legado institucional de Lula não é nada, afirmando que não há uma reforma institucional de peso desde o governo Getúlio Vargas, que ocorreu entre os anos de 1930 e 1945, e que também teve um mandato de 1951 a 1954. Segundo o filósofo, o Brasil passou a ser dominado pelo assistencialismo.
Uma das críticas mais duras do filósofo Roberto Mangabeira Unger aos petistas foi sobre o legado de Lula, cujo resultado é um país sem reforma institucional de peso, ou seja, sem mudanças significativas em sua estrutura política. Ele destacou que Getúlio Vargas foi o último a fazer uma reforma institucional no Brasil, mas o assistencialismo foi o caminho que o país escolheu do pós-Vargas até os dias de hoje. Assim, o Brasil não conseguiu se transformar de uma realidade de assistencialismo em um país de ações de Estado.
Legado de Lula, um conceito em debate
A política é um terreno em constante mutação, onde o que parece sólido hoje pode ruir amanhã, um exemplo disso é o legado de um líder, que pode ser uma marca duradoura ou uma ombreira de areia que desmorona com o primeiro vento de crítica. Lula, ex-presidente do Brasil, é um caso emblemático nesse sentido. Sua gestão foi marcada por uma série de medidas que, ao serem analisadas hoje, parecem mais um experimento político do que uma mudança duradoura no país. A fórmula de Lula para o Brasil era baseada em uma concepção da divisão entre esquerda e direita que não era clara, e que mais parecia uma tentativa de redefinir as fronteiras do que uma mudança substantiva.
O ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, mangabeira Unger, recentemente participou de um jantar com empresários, onde fez uma afirmação impactante sobre o legado de Lula, afirmando que é zero. Esse número, zero, é uma cifra impressionante para um legado que deveria ser mais amplo e impactante. A impressão é de que Lula não deixou um legado sólido, ou que seu legado não foi capaz de superar as divergências políticas e ideológicas do país.
No entanto, é importante notar que o legado de Lula não é apenas questionado, mas também é objeto de debate e crítica. Alguns grupos políticos e sociais ainda defendem suas políticas, enquanto outros os criticam com força. É nesse contexto que o ex-ministro mangabeira Unger se manifestou, destacando a falta de um legado institucional sólido, que não seja apenas uma fachada para algo mais superficial. Aqui, é preciso argumentar que se trata de um legado que não trouxe mudança significativa, mas sim um conceito em debate.
Uma das principais críticas feitas ao legado de Lula está relacionada ao seu ‘pobrismo’, que poderia ser entendido como uma política de assistência social, mas que, na prática, não trouxe resultados significativos. Além disso, sua gestão foi marcada por um estilo de liderança que privilegiava a ideologia sobre a prática, o que, na opinião de muitos, contribuiu para a instabilidade política do país. O ex-ministro destacou que os presidentes Lula e Jair Bolsonaro promoveram o ‘pobrismo’ de maneira diferente, mas que ambos foram capazes de criar uma política identitária que foi capaz de mobilizar os eleitores.
A ideia de que as ideias herdadas de direita e esquerda perderam o significado é um ponto de partida importante para o ex-ministro. A sociedade moderna está em constante mudança, e as ideias que eram relevantes há algumas décadas podem não ser mais relevantes hoje. É necessário reconstruir essas ideias e adaptá-las às necessidades atuais, e isso é um desafio constante para os líderes políticos.
Fonte: @ Estadão
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