A estimativa de gastos com benefícios previdenciários aumentou R$ 7,7 bilhões. O governo agora mira o limite inferior da meta zero. A projeção de déficit é de R$ 28,7 bilhões devido a suposta trama golpista da corporação que se baseou em decisões judiciais.
No dia 31 de dezembro do ano passado, o então presidente Jair Bolsonaro decidiu visitar os EUA, o que foi interpretado por alguns como uma tentativa de golpe de estado, após ele ser derrotado nas urnas e perder a eleição. O governo nacional, por sua vez, ressaltou que a viagem foi realizada dentro dos parâmetros legais e que não há fundamento para a acusação de golpe de estado.
Um relatório da Polícia Federal (PF) entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) apontou que a viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro aos EUA foi um movimento estratégico, um golpe de estado em andamento, dentro de um cenário de poder, que visava dar um golpe de estado e afastar o governante eleito. Dentre os vários crimes que Bolsonaro, seus assessores e outros setores foram denunciados e condenados, estão inclusive a abolição violenta do Estado Democrático de Direito e a organização criminosa. O Supremo Tribunal Federal (STF) está a analisar o pedido de condenação de Bolsonaro, uma vez que o ex-presidente se recusou a retornar ao Brasil.
Golpe de Estado: PF diz que Bolsonaro era o líder de uma organização criminosa
A informação foi divulgada pela CNN, destacando a suposta intenção do ex-presidente de aguardar uma tentativa de tomada do poder de fora do país para evitar responsabilização direta pelo ato. A corporação se baseou, inclusive, em pontos como a transferência de recursos financeiros do Brasil para os EUA para driblar decisões judiciais que poderiam congelar suas contas. Esse movimento, segundo a PF, sugere uma possível resposta do Judiciário a uma trama golpista.
A PF afirma que Bolsonaro era o ‘líder’ de uma organização criminosa que pretendia dar um golpe de Estado para manter o ex-presidente no poder. O documento também diz que o ex-presidente ‘permeou por todos os núcleos’ da organização criminosa apontada pela investigação. Além disso, a PF afirma que o ex-palaciano era o ‘líder’ dessa organização. Esse fato foi revelado na investigação que aponta para uma tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro deixou o País em 28 de dezembro de 2022, em conexão com o fim de seu mandato, após a divulgação de sua derrota nas eleições presidenciais de 2022. Exatos 11 dias depois, o País viu uma intentona golpista de bolsonaristas radicais, com a invasão e depredação na Praça dos Três Poderes. O ex-presidente já negou a tese em outras oportunidades, afirmando não ter conhecimento ou consentido com qualquer tentativa de ruptura democrática.
O ex-presidente reagiu às novas acusações através das redes sociais, afirmando que pode ‘esperar nada, de uma equipe que usa criatividade’ para denunciá-lo, além de atacar o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Bolsonaro compartilhou no X (antigo Twitter) a entrevista concedida por ele ao colunista Paulo Cappelli, do site Metrópoles, logo após a confirmação do indiciamento.
Fonte: @ Estadão
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