Norte, com baixos indicadores econômicos, receberá a COP-30. Taxa de analfabetismo e pobreza impactam qualidade de vida e renda mensal-média.
A área com o maior índice de desenvolvimento informal do Brasil, atingindo 51,7% (a média nacional é 38,6%); com a segunda maior taxa de carência, de 41% (a média do país é 28%); e com a segunda menor renda mensal média por pessoa, de R$ 2,4 mil, ficando somente atrás do Nordeste, onde é de R$ 2,2 mil, e ficando 22% abaixo da média nacional.
Esses números refletem a necessidade urgente de progresso econômico e social na região, visando elevar os índices de desenvolvimento e reduzir as disparidades socioeconômicas. O caminho para o desenvolvimento sustentável requer investimentos em educação, saúde e infraestrutura, a fim de promover uma sociedade mais justa e próspera para todos os cidadãos.
Desenvolvimento Sustentável na Região Norte do Brasil
A região Norte do país, lar da maior parte da Amazônia brasileira, enfrenta desafios significativos em termos de qualidade de vida. Comparada à média nacional, a região apresenta índices inferiores em diversos aspectos. Por exemplo, o acesso à cultura é considerado o pior do país, com 80% dos municípios distantes de cinemas e 70% de teatros por mais de uma hora. Em contraste, no Brasil como um todo, esses números são de 34% e 15%, respectivamente.
Além disso, a taxa de analfabetismo na região Norte é uma das mais altas, atingindo 6,4%, superada apenas pela do Nordeste, que registra 11,2%. Em comparação, no Sul, onde a taxa de analfabetismo é a mais baixa do país, o índice é de 2,8%.
Os dados socioeconômicos destacam a necessidade premente de um plano de desenvolvimento que impulsione a economia, promova a inclusão de populações vulneráveis e preserve o meio ambiente. A região desperta interesse global devido à importância da preservação da floresta para o equilíbrio climático e a biodiversidade. Em novembro de 2025, Belém sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.
Para debater propostas de desenvolvimento econômico sustentável não apenas para a região Norte, mas também para outros estados que abrigam a Floresta Amazônica, o Estadão realizará uma live amanhã, 27, às 15h. O evento contará com a participação de Denis Minev, presidente da Lojas Bemol, Renata Piazzon, diretora-geral do Instituto Arapyaú, e Salo Coslovsky, pesquisador do Amazônia 2030 e professor da Universidade de Nova York.
A mediação do debate ficará a cargo da repórter Luciana Dyniewicz. A live integra o projeto Economia Verde do Estadão, lançado este ano para ampliar a cobertura jornalística sobre transição energética, regulamentação de setores econômicos sustentáveis e negócios verdes. Com essa iniciativa, o jornal vai além do mero diagnóstico da crise climática e busca soluções para o desenvolvimento sustentável do país.
Fonte: @ Estadão
Comentários sobre este artigo