Principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo superou os 136 mil pontos com boas notícias do mercado interno e externo.
O Ibovespa, índice principal da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, alcançou hoje uma nova marca histórica, encerrando o pregão em 136.087,41 pontos, representando um aumento de 0,23% em comparação ao dia anterior.
A valorização do Ibovespa reflete a confiança dos investidores no desempenho da Bolsa de Valores, consolidando sua posição como um dos principais indicadores do mercado financeiro brasileiro.
Ibovespa: o principal índice da B3
Na segunda-feira, o Ibovespa já havia quebrado recorde, ao encerrar o dia aos 135.777 pontos — ultrapassando a marca anterior de 134.193 pontos, registrada em 27 de dezembro do ano passado. Esse desempenho excepcional foi impulsionado por boas notícias recentes no mercado internacional e no Brasil.
No cenário externo, a influência positiva para o mercado brasileiro vem dos Estados Unidos. Após uma turbulência global devido a dados de emprego que sinalizavam uma possível recessão na economia americana, novas informações divulgadas na semana passada indicaram que a atividade econômica nos EUA está em boas condições, afastando temporariamente o risco de recessão. Isso abre caminho para o Federal Reserve iniciar um ciclo de cortes nos juros, com previsão de redução de 0,25 ponto percentual na próxima reunião em setembro. A queda dos juros nos EUA leva os investidores a buscar novas oportunidades de investimento, favorecendo os mercados emergentes, como o Brasil.
Além disso, os dados econômicos recentes do Brasil têm impulsionado o mercado. O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) de junho surpreendeu, apresentando um crescimento de 1,37%, muito acima das expectativas do mercado (0,5%). A taxa de desemprego no trimestre encerrado em junho, de 6,9%, é a menor desde 2014. O relatório Focus do BC revisou para cima a projeção de crescimento do PIB deste ano, passando de 2,20% para 2,23%.
Marcos Moreira, sócio da WMS Capital, destaca que o cenário macroeconômico favorável reflete nas expectativas de lucro das empresas, impulsionando os preços dos ativos, como as ações.
Declarações recentes do diretor de Política Econômica do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçam a postura de combate à inflação, indicando que o BC não hesitará em elevar os juros, se necessário. A possibilidade de aumento da taxa de juros tem impacto direto no mercado financeiro e nas expectativas dos investidores.
Fonte: @ Estadão
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