A Meta climática brasileira será apresentada na Conferência das Partes da Mudança do Clima em Baku, com Tecnologia e Assistência Técnica globais.
Na COP 29, os líderes mundiais se reúnem para discutir soluções para um futuro sustentável. Um dos temas centrais é o financiamento das ações climáticas, que é fundamental para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e promover práticas mais agro-sustentáveis.
Para os países em desenvolvimento, como o Brasil, que são responsáveis por uma parcela significativa da agricultura global, a questão do financiamento assume um papel fundamental. A agricultura é uma das principais atividades econômicas desses países, e a implementação de práticas mais agronegócio-responsáveis exige investimentos. O financiamento adequado pode ser uma ferramenta poderosa para promover a agro-ecologia e a agricultura sustentável, contribuindo assim para o combate ao clima.
Financiamento: Chave para o Agro
Para Muni Lourenço, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a COP 29 em Baku, Azerbaijão, deve ser uma conferência de financiamento. ‘É muito importante para o mundo a definição de uma nova meta global e que essa definição saia das discussões no Azerbaijão’, destaca ele, enfatizando a importância do financiamento internacional para as ações de transferência de tecnologia, assistência técnica, de mitigação e adaptação.
A expectativa é que os países desenvolvidos arquem com suas responsabilidades no quesito de financiamento internacional. ‘A nossa posição é a expectativa de que os países desenvolvidos possam arcar com as suas responsabilidades principalmente nesse quesito de financiamento internacional’, pontua Lourenço.
Além disso, Muni Lourenço destaca que os recursos são fundamentais para que as ações de transferência de tecnologia, assistência técnica, de mitigação e adaptação possam ser realizadas na dimensão necessária. ‘Os recursos são muito importantes para que as ações de transferência de tecnologia, assistência técnica, de mitigação e adaptação possam ser realizadas na dimensão que hoje o mundo precisa’, ressalta ao Agro Estadão.
Na bagagem brasileira para a COP 29 está a apresentação da nova NDC (sigla em inglês para Contribuição Nacionalmente Determinada) 2035. O governo federal divulgou na última semana a meta climática que será anunciada pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. A NDC prevê uma redução das emissões de gases do efeito estufa de 59% a 67% na comparação com os níveis de 2005. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), isso representa entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de carbono equivalente.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) também reconhece a importância do financiamento para o agro. ‘Os recursos são fundamentais para que as ações de transferência de tecnologia, assistência técnica, de mitigação e adaptação possam ser realizadas na dimensão necessária’, afirma Eduardo Bastos, presidente da Câmara Temática de Agrocarbono Sustentável do Mapa.
Ele destaca, no entanto, que a meta climática brasileira ainda precisa de detalhes para ser alcançada. ‘O que a gente esperava é que já tivesse pelo menos uma referência de como essa meta será alcançada’, critica Bastos. Ele também destaca que o agro é um setor importante para o Brasil e que sua participação na economia é significativa.
No entanto, ele reconhece que a meta climática é factível, desde que haja recursos. ‘O país já tem mecanismos para isso, como é o caso do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais’, destaca Bastos.
A expectativa é que a COP 29 em Baku seja uma conferência de financiamento. ‘É muito importante para o mundo a definição de uma nova meta global e que essa definição saia das discussões no Azerbaijão’, destaca Muni Lourenço.
Fonte: @ Estadão
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