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Regime venezuelano, sob pressão externa, mantém-se sem votos; oposição de Maduro enfrenta transição reversa política.
A crise na Venezuela é, até o momento, o maior desafio da política externa de Lula 3. Muitas críticas têm sido feitas em relação às ações dele e do PT, que mantiveram uma relação próxima com o governo Maduro. A esquerda enfrenta grandes obstáculos em admitir a transformação do governo venezuelano em uma ditadura cada vez mais consolidada.
Enquanto isso, o presidente Nicolás Maduro continua no poder, desafiando as pressões internacionais. A situação na Venezuela permanece instável, com a população sofrendo as consequências da crise política e econômica. A comunidade internacional busca soluções para a grave situação no país liderado por Nicolás Maduro.
Desafios na Venezuela: Maduro resistindo às pressões
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está enfrentando desafios significativos em seu regime. O governo brasileiro, juntamente com outros países como Colômbia e México, tem tentado promover o diálogo entre Maduro e a oposição. No entanto, é improvável que esses esforços resultem em sucesso. A verdade é que o Brasil e outros países da América Latina têm um papel limitado nos acontecimentos futuros na Venezuela.
As eleições na Venezuela têm sido marcadas por vícios desde o início, e a revelação da extensão da fraude foi surpreendente. Maduro está se preparando para manter o poder, mesmo sem o apoio popular necessário, e demonstrou controle sobre as instituições essenciais para isso.
A pressão internacional sobre Maduro, incluindo as demandas brasileiras por transparência nas eleições, pode não ter o impacto desejado. O presidente venezuelano parece estar disposto a enfrentar um maior isolamento internacional para manter seu controle.
As relações entre Brasil e Venezuela já foram significativamente enfraquecidas, com a Venezuela suspensa do Mercosul desde 2016. O comércio entre os dois países diminuiu consideravelmente, refletindo a deterioração dos laços bilaterais.
Apesar das pressões externas anteriores, Maduro conseguiu se manter no poder. As sanções dos Estados Unidos resultaram em um grande fluxo de imigrantes, mas não conseguiram derrubar o regime.
A possibilidade de uma divisão interna que separasse o governo dos militares poderia ser a chave para o fim do regime de Maduro. No entanto, atualmente não há evidências sólidas de que isso esteja ocorrendo. Os protestos em novas regiões podem aumentar a violência e minar a legitimidade do regime, tornando a aliança entre Maduro e os militares insustentável.
O governo brasileiro e a esquerda precisam se preparar para lidar com a persistência de Maduro como um vizinho problemático. A situação na Venezuela continua incerta, e a transição para um regime democrático pode ser um desafio complexo.
Fonte: @ Estadão
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