O presidente da Suprema Corte Brasileira sugere reconhecimento formal de torturas durante o período da ditadura como ferramenta de pacificação nacional.
Considerando a experiência traumática que o Brasil enfrentou durante a ditadura militar, é essencial que o país reconheça oficialmente os erros do passado e ofereça desculpas às vítimas de torturas. O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), enfatizou a importância desse processo de resgate histórico e de reconhecimento das violações dos direitos humanos. A ausência de um pedido formal de desculpas do Exército às vítimas de torturas durante a ditadura é um fator determinante na continuação da ditadura mesmo hoje.
Barroso, enquanto presidente do STF, salientou que a Comissão Nacional da Verdade, criada para investigar e revelar os crimes cometidos durante a ditadura militar, enfrenta desafios significativos. A falta de um pedido formal de desculpas é um exemplo disso. Luís Roberto Barroso ressaltou que a verdade e a justiça são fundamentais para o processo de resgate da memória nacional. Isso não apenas ajuda a fechar as feridas da história, mas também promove uma cultura de respeito aos direitos humanos. A Comissão Nacional da Verdade tem o desafio de revelar a verdade sobre os crimes cometidos, e o pedido de desculpas, embora importante, é apenas um passo no caminho para a reconstrução da verdade.
Desafios da Ditadura no Brasil
O não pedido da Ditadura ainda deixa uma ferida aberta, segundo o ministro Barroso, que questionou o ex-presidente do Exército sobre a falta de retratação da instituição por seus excessos. A Comissão Nacional da Verdade foi estabelecida em 2012 e investigou violações de direitos humanos entre 1946 e 1988, com foco no período da Ditadura. Após apresentar seu relatório final em 2014, a comissão encerrou seus trabalhos. O magistrado também questionou o general Eduardo Villas Bôas sobre a falta de retratação da instituição.
Fonte: @ Estadão
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