Sufoco. Tudo é árido e nebuloso. Águas se esvaindo. Difícil respirar. Queimadas aumentam, transporte coletivo precário. Falta ações eficazes em prevenção de queimadas e saúde pública.
Recentemente, fui surpreendido por um pedido inusitado: manter as janelas fechadas para evitar a entrada da fuligem das queimadas que estão agravando o sufoco em grande parte do país. É impressionante como a situação está se tornando insuportável, especialmente em São Paulo, que lidera a lista das cidades mais poluídas do mundo.
Essa medida parece mais uma tentativa de esconder o problema do que resolver, pois o sufoco é apenas um sintoma de um problema maior. A verdade é que a poluição está causando um sufocamento constante, uma sensação de opressão que afeta a saúde e o bem-estar de todos. É como se estivéssemos vivendo em um ambiente de angústia permanente, onde a falta de ar limpo é uma constante ameaça. É hora de agir! Precisamos de soluções reais para combater a poluição e garantir um futuro saudável para todos.
Sufoco: A Realidade que Ninguém Quer Enfrentar
É como se todos estivessem protegidos em suas casas luxuosas, equipadas com aparelhos de ar condicionado em todos os ambientes, ventiladores e umidificadores. No máximo, talvez, leques. E, claro, sem a necessidade de usar o transporte coletivo, ir trabalhar, estudar ou realizar qualquer atividade rotineira. É como se existisse um mundo paralelo, onde as pessoas não precisassem se preocupar com o sufocamento que estamos vivendo.
Mas a realidade é que dependemos de ações eficazes, decretadas pelas autoridades de todas as esferas, para lidar com a situação. Suspensão de aulas, ampliação de rodízios, mudança de horários de trabalho ou incentivo ao home office (com janelas abertas para permitir a entrada de ar fresco), prevenção de queimadas, aumento das guardas florestais e controle do uso da água são medidas necessárias. Além disso, é fundamental dar atenção à saúde pública, pois a exposição prolongada a essa situação pode causar sérios problemas.
O Sufoco da Realidade
A experiência de outros países que já passaram por momentos de crise semelhantes pode servir de inspiração para que as autoridades compreendam que não é mais hora de promessas, mas de ações concretas. A estiagem já está nos afetando, com apagões significativos de energia elétrica em locais populosos, como o centro de São Paulo. No entanto, as autoridades continuam se reunindo, criando grupos de crise e comitês, sem tomar medidas eficazes.
Estamos perdendo a Amazônia, o Pantanal, o Cerrado. A flora e a fauna estão sendo castigadas, e sentimos isso não apenas na pele, mas também na tristeza de ver a fuga desesperada dos animais. O fogo se aproxima das áreas urbanas periféricas, que têm uma densidade populacional alarmante. Reservas indígenas estão sendo destruídas. É hora de questionar as autoridades sobre as soluções que estão sendo implementadas.
A Angústia do Futuro
Escrevo esse protesto porque sei que você também está preocupado com o futuro, não apenas com o presente. A opressão que estamos vivendo é palpável, e a asfixia que sentimos é real. Não tenho filhos, mas se os tivesse, estaria triste por ver o mundo que eles herdariam. As discussões sérias sobre o futuro estão sendo empurradas para a frente, enquanto as campanhas eleitorais municipais desfilam boçalidades e promessas vazias. Estamos em pânico. O que será do amanhã?
Fonte: @ Estadão
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