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Testes mostram que pessoas ‘socialmente desconectadas’ projetam qualidades humanas no ambiente, causando polêmica ao afirmar a estratégia crítica.
O debate entre os principais concorrentes na corrida pela Presidência do Brasil, na noite de sexta-feira, 9, na Rede Globo, será crucial para definir o rumo das eleições.
Na discussão acalorada, os candidatos terão a oportunidade de expor suas propostas e rebater as críticas dos adversários, em um verdadeiro confronto de ideias e argumentos.
Debate Eleitoral: Estratégias e Confrontos
Sobretudo de José Luiz Datena (PSDB), Tabata Amaral (PSB) e Pablo Marçal (PRTB), que prometem centrar fogo de forma igualitária em Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). O debate eleitoral se aproxima e a expectativa é de uma discussão acalorada entre os candidatos.
O caso de Datena é emblemático. Nos bastidores, seu partido sempre usou como argumento para ter um nome próprio o temor de que Tabata Amaral, opção para apoiar, acabasse abraçando Guilherme Boulos no segundo turno. O argumento era que, com o partido querendo retomar o protagonismo na oposição a Lula, não seria possível estar na mesma campanha de Jair Bolsonaro, com Nunes, mas que a proximidade de Tabata com o governo geraria o risco de colocar o PSDB indiretamente ao lado do PT em uma segunda etapa da eleição. Datena, portanto, teria a missão de se manter equidistante de Boulos e Nunes.
Contudo, até aqui tem sido muito mais ferino contra o prefeito nas entrevistas e declarações. Sabe-se que a relação dos dois é péssima. Com Boulos, ao contrário, Datena tem histórico de boa relação. Os dois chegaram a se reunir no início dos debates das eleições na ocasião em que vazou um vídeo em que Datena propunha ser vice do psolista. O apresentador tem relação antiga com o pai de Boulos, figura frequente em seus programas.
Preparação para o Debate: Desafios e Estratégias
O debate na Band colocará frente a frente Boulos, Nunes, Marçal, Datena e Tabata. O jornalista também tem outro desafio. Acostumado a discursar em seu programa na TV em que é pedra, nunca vidraça, terá que se acostumar com o embate direto com os concorrentes e em ouvir em vez de só falar. Nas sabatinas das quais participou até o momento, não permitiu que nenhum jornalista chegasse até o final das perguntas. Em um deles, do podcast ‘O Assunto’, do G1, precisou ouvir a justa reclamação da apresentadora Natuza Nery.
E mesmo quando ela explicava os problemas causados pelas interrupções, continuou interrompendo. Em um debate engessado com o tempo de fala e escuta, terá que se conter. Tabata também tem lá seus testes em seu primeiro debate. Assim como Datena, terá que mostrar que é real mesmo a intenção de se colocar como alternativa crítica não só a Nunes como a Boulos. Assim como o tucano, ela também tem sido muito mais dura com o prefeito. Além disso, terá a oportunidade de provar que sua estratégia de puxar o debate público para a argumentação de propostas concretas funciona melhor do que a troca de farpas e polêmicas que têm marcado a política brasileira.
Pablo Marçal, ao contrário, vai ao debate justamente para causar polêmica. Por isso chegou a afirmar que diria no debate que dois candidatos usam cocaína. Ainda que dissesse de fato, o que dificilmente fará, não teria como trazer elementos para tal. Mas deixa claro, com isso, que vai atacar abaixo da linha da cintura. Sobre ele também paira a dúvida sobre a real postura na campanha. Em tese, pelo posicionamento que tem no eleitorado, deveria focar muito mais em Guilherme Boulos. Críticas fortes ao candidato de esquerda contribuiriam para tentar cativar o eleitorado bolsonarista. Até aqui, porém, também tem batido mais no prefeito e,
Fonte: @ Estadão
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