Projeto faz parte de reformas microeconômicas do Ministério da Fazenda; Susep passará regular as cooperativas e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado.
Preso na Operação Tacitus, o advogado Mude teria recebido R$ 400 mil do alto escalão do PCC para influenciar as eleições municipais em São Paulo, segundo o Ministério Público.
De acordo com a decisão do juiz Paulo Fernando, da 1.ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, o advogado foi preso por suspeita de envolvimento com o Comando da Capital. O magistrado escreveu que o PCC tem se infiltrado na política nacional. Além dele, foram presos o delegado Fábio Baena Martin e os investigadores Rogério de Almeida Felício e Eduardo Lopes Monteiro, por suspeita de envolvimento com o PCC, na Operação Tacitus. O advogado já havia sido preso em agosto, devido às suspeitas de envolvimento de empresas de ônibus contratadas pela Prefeitura de São Paulo com o PCC, reveladas na Operação Decurio e na Operação Fim da Linha.
PCC: Desafio para a Justiça Brasileira
O Ministério Público de São Paulo investiga a atuação do PCC (Primeiro Comando da Capital) em eleições municipais, com suspeitas de candidatos próprios em cidades como Mogi das Cruzes e Santo André. A Operação Decurio apontou o envolvimento do PCC em lavagem de dinheiro e Mude, advogado suspeito de ligação com o PCC, é acusado de usar suas prerrogativas para tentar blindar a organização criminosa.
PCC: A Infiltração nas Eleições
A Operação Tacitus, que conta com a delação do empresário Vinicius Gritzbach, executado em novembro de 2018, tem como objetivo desmantelar o envolvimento do PCC em lavagem de dinheiro e corrupção policial. Segundo o Ministério Público de São Paulo, Mude teria oferecido R$ 3 milhões em nome do PCC a policiais do Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico pela execução do empresário.
PCC: O Poder Econômico
O juiz Paulo Fernando Deroma de Mello afirmou que Mude é um indivíduo de ‘alta periculosidade, enorme poder econômico’ e tem capacidade de tentar atrapalhar a investigação. A Operação Tacitus recebeu esse nome em razão de um informante que acusou delegados de corrupção e investigadores da Polícia Civil que teriam estourado 15 casas-cofre do PCC para se apossar de cerca de R$ 90 milhões.
PCC: A Delação Premiada
A delação premiada de Gritzbach foi vazar em agosto por meio de e-mails enviados por Tacitus, que é considerado alguém próximo de Gritzbach e de outros integrantes da facção criminosa. A operação nasceu do inquérito aberto pela Delepat, delegacia da PF que ficou responsável por participar da força-tarefa montada para apurar tanto o assassinato de Gritzbach como os dados de sua delação.
PCC: O Desafio da Repressão
A repressão ao PCC é um desafio para a Justiça Brasileira, com a organização criminosa atuando em diferentes níveis da sociedade. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) já havia apontado Mude como suspeito de lavagem de dinheiro do PCC. A operação Tacitus visa desmantelar o envolvimento do PCC em corrupção policial e lavagem de dinheiro, mas o desafio é grande, com a organização criminosa tendo um poder econômico significativo e uma rede de influência ampla.
Fonte: @ Estadão
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