Retorno do relógio ao País está previsto para as próximas semanas, após ataques internos de vandalismo e eventual represália de bolsonaristas ao circuito de vigilância da relíquia.
BRASÍLIA – Depois de dois anos de ausência, o relógio histórico do Palácio do Planalto está de volta ao Brasil, trazendo consigo uma história de violência e um chamado à responsabilidade. Em 30 de janeiro de 2023, o relógio foi desmontado e arremessado ao chão, num ato de fúria que marcou o início de um golpe político. O relógio é um símbolo do Palácio do Planalto, um dos principais símbolos da história brasileira.
Com o relógio de volta, é hora de refletir sobre o que aconteceu. Em 30 de janeiro de 2023, o Brasil foi testemunha de um ato de violência que marcou o início de um golpe político. O Palácio do Planalto, um dos principais símbolos da história brasileira, foi palco de um ato de fúria que desmontou a democracia. O relógio é um símbolo da resiliência do povo brasileiro e da necessidade de defender a democracia.
O Relógio de Balthazar Martinot: Um Tesouro de R$ 30 Milhões em Recuperação
O relógio de Balthazar Martinot e André Boulle, um tesouro histórico de R$ 30 milhões, está prestes a ser restaurado na Suíça para sua devolução ao Brasil. O relógio, datado do século XVII, foi trazido ao país por D. João VI em 1808 como presente da corte francesa à família real portuguesa. Fabricado apenas por dois exemplares, o relógio foi danificado em ataques à democracia brasileira em 8 de janeiro de 2023.
O ataque foi capturado pelo circuito interno de vigilância da Presidência da República e espalhou-se pelo mundo, mostrando a brutalidade e o vandalismo da cena. O agressor, Antônio Cláudio Alves Ferreira, um mecânico e militante radical, usava uma camiseta preta com o rosto do ex-presidente Jair Bolsonaro e frequentava acampamentos bolsonaristas radicais.
Ferreira disse à Justiça que destruiu o relógio por causa da reação dos órgãos de segurança, mesmo sabendo que estava sendo filmado. Ele conseguiu escapar e permaneceu foragido por dezesseis dias, temendo eventual represália de pessoas da esquerda. Depois, ele foi preso pela Polícia Federal e foi condenado a 17 anos de prisão por crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado pela violência.
O restauro do relógio foi considerado um desafio por Rogério Carvalho, diretor de curadoria dos Palácios Presidenciais. O relógio não estava em funcionamento há anos e, portanto, não marcou o momento exato do ataque, o que gerou uma teoria conspiratória. Além disso, o ataque foi considerado uma represália à vitória eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Supremo Tribunal Federal condenou Ferreira e os demais réus a pagar solidariamente indenização de R$ 30 milhões, a título de danos morais coletivos. O relógio está sendo restaurado na Suíça, e seu restauro é considerado um processo difícil, mas importante para a preservação do patrimônio nacional.
Fonte: @ Estadão
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