Governadores dos estados com incêndios florestais se reúnem em Brasília com o presidente Lula para discutir medidas de conservação.
O governo de Rondônia decretou estado de emergência por 180 dias devido ao aumento dos incêndios florestais neste ano. Foram registrados 4.197 incêndios nas zonas urbanas e 690 em regiões de preservação, totalizando 4.887 focos de incêndios, o dobro do número do ano anterior. Conforme as autoridades estaduais, as chamas devastaram mais de 107 mil hectares de florestas.
A preocupação com as queimadas e os focos de incêndio é crescente em todo o país. É fundamental adotar medidas preventivas para evitar a propagação do fogo e preservar o meio ambiente. A conscientização da população sobre os riscos dos incêndios é essencial para proteger nossas florestas e garantir a sustentabilidade das áreas naturais.
Incêndios em São Paulo: Produtores de cana refutam acusações e 48 municípios permanecem em alerta
No decreto divulgado no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira, 27, o governo menciona a ‘situação crítica de estiagem’ que teve início ainda no segundo semestre de 2023 e que deve persistir por mais três meses. A quantidade de incêndios florestais e a baixa umidade relativa do ar têm causado impactos significativos nas áreas de conservação, atividades agrícolas, pecuárias, na navegabilidade dos rios e em outras atividades econômicas essenciais para a população.
De acordo com as autoridades de Rondônia, em 2024, o número de focos de incêndio na Amazônia aumentou em 43% em comparação com o mesmo período do ano anterior. E o estado registrou o maior aumento, com um crescimento de 23% somente no mês de agosto. O Ibama está avaliando o status dos incêndios junto a Lula.
Nos próximos dias, os governadores dos estados afetados pelos incêndios devem se reunir em Brasília com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na noite de segunda-feira, 26, o presidente do Ibama teve uma reunião com Lula. Rodrigo Agostinho afirmou que foi um encontro preparatório para analisar o status dos incêndios, da seca e das ações em andamento.
Além disso, em Brasília, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion, declarou que não considera os incêndios um ‘acaso’ e ressaltou que o setor agropecuário é o mais prejudicado. ‘Prejuízo ultrapassando R$ 500 milhões para esta safra. Aonde nós vamos ter algum tipo de envolvimento nisso?’, questionou Lupion após a reunião da FPA.
‘Aliás, quem mais está combatendo esses focos de incêndio são as brigadas de incêndio dos produtores de cana, das usinas, equipe de eucalipto e os produtores. Super preocupante, muito perigoso [o produtor fazer esse combate ao fogo]. Para nós é o pior cenário possível’, avaliou. Em São Paulo, o número de prisões de suspeitos de provocar incêndios florestais aumentou para cinco.
O governo paulista atualizou o número de prisões de suspeitos de iniciar os focos de incêndio no interior durante o fim de semana. Até o momento, cinco pessoas foram detidas. Apesar de não haver mais focos ativos, 48 municípios permanecem em estado de alerta para as queimadas. Os incêndios florestais que se intensificaram no fim de semana resultaram em duas mortes e destruíram mais de 60 mil hectares de lavouras, principalmente de cana-de-açúcar.
Fonte: @ Estadão
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