Gleisi Hoffmann defende que a campanha de Boulos busque eleitores de Pablo Marçal. Em BH, petistas estarão no palanque de Fuad Noman, do PSD de Kassab, unindo forças antibolsonaristas no segundo turno.
No Brasil, o Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou que dará apoio às forças que se opõem ao bolsonarismo nas eleições municipais do segundo turno. Essa decisão é vista como uma estratégia para fortalecer a oposição ao governo atual. Com isso, o PT busca unir forças com outros partidos e movimentos que compartilham a mesma visão de mudança no país.
Essa aliança é considerada uma jogada importante para o PT, que busca reconquistar espaço político após a derrota nas eleições presidenciais de 2018. O partido trabalhista está confiante em que essa estratégia ajudará a fortalecer a oposição e a promover mudanças significativas no país. Além disso, a decisão do PT de apoiar as forças antibolsonaristas também é vista como uma forma de reforçar a unidade entre os partidos de esquerda e os movimentos sociais que se opõem ao governo atual.
PT define estratégia para o segundo turno
O Partido dos Trabalhadores (PT) está definindo sua estratégia para o segundo turno das eleições municipais, após ter sido derrotado em várias cidades importantes, incluindo Belo Horizonte (MG). Nesta terça-feira, 8, a Executiva Nacional do PT se reunirá para discutir a orientação do voto e a participação em campanhas de candidatos que se opõem ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo que esses candidatos sejam de direita.
Em Belo Horizonte, o PT recomenda o apoio ao prefeito Fuad Noman (PSD), que concorre à reeleição e tem como adversário o deputado Bruno Engler (PL), aliado de Bolsonaro. O deputado Rogério Correia, candidato derrotado do PT, ficou em sexto lugar na eleição e saiu magoado com a ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua campanha.
O acordo entre o PT e o PSD de Gilberto Kassab tem na mira as eleições de 2026 e inclui o apoio ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ao governo de Minas, segundo maior colégio eleitoral do País. Em contrapartida, o PT tenta fechar uma aliança com o PSD para a campanha de Lula a novo mandato, daqui a dois anos.
Resultados do PT nas eleições
O PT elegeu 248 prefeitos em todo o País, mas sofreu derrotas importantes. Nas eleições de 2020, conquistou 183 prefeituras, mas, após trocas partidárias, chegou a 265, como consta de documento produzido pelo Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) em setembro. Das quatro capitais onde agora disputa o segundo turno, o PT tem chance de vitória em Fortaleza, de acordo com pesquisas de intenção de voto.
Lá, Evandro Leitão, que trocou o PDT pelo PT, enfrenta o bolsonarista André Fernandes (PL), investigado por participar dos ataques de 8 de janeiro de 2023. As outras capitais onde o PT concorre são Porto Alegre, Natal e Cuiabá. Lula desembarcará na sexta-feira, 11, em Fortaleza, para entregar moradias do Minha Casa, Minha Vida e o comitê de Leitão espera um aceno para a campanha.
A cúpula do PDT critica o presidente por ter ido à convenção que oficializou o nome do petista, quando o prefeito da cidade, José Sarto, filiado ao partido, disputava novo mandato. O PDT compõe a base de sustentação do governo Lula no Congresso. Sarto ficou em terceiro lugar e foi o primeiro prefeito da capital cearense a não ser reeleito no cargo.
Apoio de Lula a candidatos
Com o prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL) fora do embate, o presidente vai apoiar Igor Normando (MDB), primo em segundo grau do governador do Pará, Helder Barbalho, contra Éder Mauro, expoente do PL. A maior aposta do PT, porém, está em São Paulo, onde a sigla se aliou ao candidato do PSOL, que concorre ao cargo de prefeito. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, afirma que Lula estará no segundo turno nas campanhas do partido e aliados, e que o resultado do PT não foi uma catástrofe.
Fonte: @ Estadão
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