Em São Paulo, apenas 35 nomes reeleitos conseguiram se eleger. Veteranos sem mandato continuam no serviço público, atuando em Comissões da Câmara Municipal e Assembleia Legislativa.
No cenário político brasileiro, os políticos desempenham um papel fundamental na tomada de decisões que afetam a vida dos cidadãos. Recentemente, na Câmara Municipal de São Paulo, 51 dos 55 vereadores buscaram reeleição, mas apenas 35 conseguiram manter suas cadeiras. Essa situação reflete a complexidade e a competitividade da política, onde os políticos precisam se adaptar e se reinventar constantemente para permanecer no poder.
Os parlamentares, incluindo vereadores e deputados, enfrentam desafios significativos em suas carreiras políticas. A derrota nas eleições pode ser um golpe duro, mas muitos deles reconhecem que a experiência adquirida e as conexões estabelecidas durante o mandato são valiosas. Além disso, a oportunidade de servir ao público e contribuir para o desenvolvimento da comunidade é um motivo de orgulho para muitos políticos. No entanto, a pressão constante para se manter no poder e a responsabilidade de tomar decisões que afetam a vida das pessoas são desafios que os políticos enfrentam diariamente.
Políticos: O Fim de uma Era na Câmara dos Vereadores
A derrota nas eleições pode ser um caminho desafiador para os políticos que se acostumaram com mandatos em sequência na Câmara. Nomes experientes como Adilson Amadeu (União Brasil), Arselino Tatto (PT) e Paulo Frange (MDB) agora estão na lista de 491 suplentes, segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral. Esses políticos precisam buscar novos caminhos e se adaptar a uma nova realidade.
Alguns, como Adilson Amadeu, pensam em trabalhar e ajudar seus partidos até o último dia do mandato. Outros enxergam perspectivas em profissões que exerceram paralelamente em suas vidas. No entanto, a derrota é um caminho que se abre e, somente o futuro dirá o que será dele.
Políticos: A Busca por Novos Caminhos
Imagine chegar na sua empresa e ouvir que a partir de hoje você não vai trabalhar mais, porque já tem outra pessoa para o lugar. Vou ter que ir para outra casa, procurar o que fazer. Essa é a realidade que muitos políticos estão enfrentando após a derrota nas eleições.
Adilson Amadeu, vereador não reeleito, é um exemplo disso. Ele foi o primeiro colocado na lista de suplentes do partido, com 24.759 votos. No entanto, ele não descarta a esperança de voltar para a Câmara. Ele argumenta ter contribuído com iniciativas voltadas para o tratamento de diabetes, cuidado com idosos, melhorias em bairros, esforços em prol dos taxistas e participações em várias Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).
Políticos: O Impacto dos Meios Digitais nas Eleições
Para Adilson Amadeu, os meios digitais tiveram um impacto significativo nas eleições. Ele acredita que os eleitores passaram a ser guiados pela imagem construída pelos candidatos e desconhecem as realizações dos políticos. ‘Muitos (dos vereadores eleitos) estão apenas começando, eles terão muito a aprender. O que significa que o Parlamento vai demorar para se adaptar, porque muitas coisas mudaram, e várias pessoas que contribuíram significativamente para a cidade com projetos importantes acabaram ficando de fora.’
Políticos: A Transição para uma Nova Fase
Adilson Amadeu, que logo completará 74 anos, se sente com 30 ou 40. Ele conta que tem um escritório onde atua como despachante há 52 anos, e atualmente mantém 49 funcionários. Além disso, o vereador é um nadador apaixonado e já viajou 19 países praticando o esporte.
Ele entrou na política em 1998 a convite do deputado estadual de São Paulo Campos Machado. Ele ficou como suplente na Assembleia Legislativa antes de se candidatar a vereador pela primeira vez em 2004. Eleito naquele ano e mais quatro vezes, permanece no cargo até o fim de 2024.
‘Imagine chegar na sua empresa e ouvir que a partir de hoje você não vai trabalhar mais, porque já tem outra pessoa para o lugar. Vou ter que ir para outra casa, procurar o que fazer. Graças a Deus, tenho um escritório. Nunca precisei de nada da política’, disse Adilson Amadeu.
Fonte: @ Estadão
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