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O falecimento do jornalista, escritor e político Sebastião Nery, aos 92 anos, na madrugada de segunda-feira, 23, é um momento de reflexão sobre a política brasileira. Nery, que morava no Rio de Janeiro, estava internado há quatro meses devido à saúde debilitada, e o falecimento ocorreu por causas naturais.
A política brasileira perdeu um dos seus expoentes com a morte de Sebastião Nery. Sua trajetória na gestão pública e na imprensa é um exemplo de dedicação e compromisso com a sociedade. Ao longo de sua carreira, Nery teve a oportunidade de trabalhar em diferentes áreas, desde a administração de jornais até a participação em movimentos políticos, sempre defendendo a transparência e a ética na política. Seu legado será lembrado por muitos anos.
Uma Vida Dedicada à Política
Sebastião Nery, um nome que se tornou sinônimo de política no Brasil, faleceu nesta segunda-feira. Nascido em 8 de março de 1932, em Jaguaquara, Bahia, Nery foi um político que dedicou sua vida à administração pública e à gestão política. Eleito pela primeira vez em 1963 como deputado estadual pela Bahia, Nery logo se tornou uma figura proeminente na política brasileira.
No entanto, sua carreira política foi interrompida em 1964, quando foi cassado e preso pelo regime militar, que também lhe tirou os direitos políticos. Mesmo sem mandato, Nery não se afastou da política e continuou a lutar por seus ideais. Em 1979, ele se aliou a Leonel Brizola na fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT), uma dissidência do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Um Legado Político
Com mais de 100 mil votos, em 1982, Nery se elegeu deputado federal pelo Rio de Janeiro. Ele foi um dos articuladores das eleições diretas no País e defendia que o mandato do último presidente militar, João Figueiredo, fosse estendido e que, em 1986, ocorresse uma constituinte. Com o fracasso da iniciativa, Nery apoiou a eleição de Tancredo Neves.
Além de sua carreira política, Nery também foi um jornalista e escritor renomado. Ele montou, com o humorista Jô Soares, a peça ‘Brasil – Da censura à abertura’, que se baseava em sua série de livros ‘Folclore Político’, que reunia causos cômicos e surpreendentes da política brasileira. Ao todo, são 1.950 histórias que Nery publicou em suas colunas de jornal.
Um Legado que Perdura
Nery também escreveu livros que analisaram a política brasileira, como ‘Ninguém me contou, eu vi: de Getúlio a Dilma’ e ‘A História da Vitória: Porque Collor Ganhou’. Na imprensa tradicional, ele assinou colunas em jornais do Rio de Janeiro, de São Paulo e da Bahia, participou do jornalismo da TV Globo e teve uma coluna na Rádio Bandeirantes.
A Assembleia Legislativa da Bahia decretou luto oficial de três dias pelo falecimento do ex-deputado. Viúvo, Nery deixa três filhos: Jacques, Sebastião Junior e Ana Rita. Seu legado político e jornalístico continuará a inspirar gerações futuras.
Fonte: @ Estadão
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