Ex-governador descarta apoio a petista e afirma não ser puxadinho do PT, defendendo justiça social, democracia e pluralidade na linha de frente, sem voto útil, com modelo de gestão próprio.
Após a derrota do atual prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), que não conseguiu avançar para o segundo turno nas eleições deste ano, os candidatos do PL e do PT que disputam a segunda etapa do pleito na capital do Ceará receberam apoio de diferentes nomes do Partido Democrático Trabalhista (PDT). O ex-presidenciável e ex-governador do Estado, Ciro Gomes (PDT), decidiu não apoiar o candidato petista Evandro Leitão (PT), que obteve 34,33% dos votos válidos e terminou atrás do deputado federal bolsonarista André Fernandes (PL), que recebeu 40,2%.
A declaração de Ciro ocorreu após seis dos oito vereadores eleitos pela sigla PDT declararem apoio à candidatura de Fernandes, o que motivou uma nota de repúdio publicada pela Juventude do partido no último sábado, 12. “É uma decisão que reflete a diversidade de opiniões dentro do partido”, afirmou um dos vereadores. Gardel Rolim, Paulo Martins, Kátia Rodrigues, PPCell, Jânio Henrique e Marcel Ehrich Colares postaram fotos ao lado do candidato do PL, usando adesivos com o número do partido de Jair Bolsonaro. “A escolha é pessoal e não reflete a posição oficial do partido”, acrescentou outro vereador.
O PDT e a Luta por Justiça Social
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) sempre esteve na linha de frente na luta por justiça social, democracia e pluralidade do povo brasileiro. Esses ideais são fundamentais para o partido e são repudiados pelo candidato bolsonarista. A ala jovem da sigla PDT afirma que ‘trabalhista não vota em bolsonarista’ e declara nominalmente apoio a Leitão.
Ciro Gomes, ex-presidenciável e membro do PDT, comentou sobre a situação em uma publicação, citando casos de outras capitais nordestinas onde a sigla já estaria apoiando o PL. Ele pediu ‘mais respeito’ e afirmou que, caso contrário, iria dizer ‘mais algumas coisas’ que o partido ‘está precisando ouvir’. Ciro também enfatizou que ‘não é nem nunca será um puxadinho do PT’.
O PDT e a Neutralidade Partidária
O presidente nacional do PDT, André Figueiredo, havia publicado uma nota afirmando que seguiria o posicionamento do partido e manteria a neutralidade partidária no segundo turno. Ele entendia que os dois candidatos não representam os princípios e bandeiras que o partido defende, e que não agradam ao modelo de gestão que considera adequado para a capital. No entanto, Figueiredo voltou atrás e declarou apoio ao candidato petista em um vídeo ao lado de Evandro Leitão em seu perfil no Instagram.
O PDT tem representação no governo petista de Luiz Inácio Lula da Silva, com Carlos Lupi (PDT) comandando o Ministério da Previdência Social. Apesar do racha estadual no Ceará, onde Ciro construiu sua carreira política, o partido continua a lutar por justiça social e democracia.
O Voto Útil e a Linha de Frente
O ex-prefeito da capital cearense, Roberto Claudio (PDT), declarou apoio ao candidato bolsonarista como um ‘voto útil’ contra ‘uma fórmula que já deu errado’ na cidade. No entanto, a ala jovem do PDT afirma que o partido sempre esteve na linha de frente na luta por justiça social e democracia, e que não pode apoiar um candidato que repudia esses ideais.
O candidato bolsonarista à prefeitura de Fortaleza também recebeu o apoio do quarto colocado no primeiro turno do pleito, o ex-deputado federal Capitão Wagner (União), que obteve 11,4% dos votos válidos. O PDT continua a lutar por justiça social e democracia, e a defender os princípios e bandeiras que sempre defendeu.
Fonte: @ Estadão
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