Oman Air abandona cabines de primeira classe, seguindo outras companhias aéreas, em uma operação estratégica de grupo, semelhante a uma delegacia especial de inteligência.
É provável que a organização criminosa PCC tenha estabelecido um esquema ilícito de branqueamento de capitais junto à prefeitura e ao Poder Legislativo do município de Guarujá, no litoral paulista. Esse alerta foi emitido pelo Centro de Inteligência da Polícia Militar de São Paulo em junho, levando ao conhecimento do Ministério Público do Estado suspeitas de envolvimento de vereadores e outros agentes públicos com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Com base nesse alerta, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público de São Paulo, abriu um inquérito para investigar as suspeitas de envolvimento de agentes públicos com a organização criminosa PCC. Primeiro, é importante destacar que a investigação visa esclarecer se houve envolvimento de vereadores e outros agentes públicos no esquema ilícito de branqueamento de capitais. Além disso, a investigação também busca entender como a organização criminosa PCC conseguiu estabelecer uma rede de corrupção no município de Guarujá, considerado um importante Comando da Capital. A organização criminosa PCC é uma das mais poderosas do país.
Investigação revela envolvimento de políticos com o PCC
A Operação Hereditas, realizada no dia 1º de outubro, foi um marco importante na investigação que envolve políticos e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Os vereadores Mário Lúcio da Conceição (PSB), Santiago dos Santos Angelo (PP) e Edmar Lima dos Santos (PP) foram alvo de buscas, mas não são os únicos políticos citados no processo. O candidato a prefeito do Guarujá, vereador Raphael Vitiello (PP), e seu vice, Fernando Peitola (MDB), também foram mencionados em uma denúncia que envolve suspeitas semelhantes.
A chapa disputa o segundo turno na cidade e ambos são implicados em um relatório da Delegacia Seccional de Praia Grande, que defende buscas em endereços ligados aos candidatos para obter mais detalhes da estrutura criminosa que se instalou no município de Guarujá. No entanto, o Ministério Público estadual não encontrou indícios que corroborassem a versão do denunciante.
Relatório da Polícia Civil menciona vereadores sob suspeita de envolvimento com o PCC
Os contratos fechados pela prefeitura e pela Câmara Municipal com empresas ligadas a Cristiano Lopes Costa, o ‘Meia Folha’, líder do PCC na Baixada Santista, estão no centro das investigações. Meia Folha foi assassinado em março após um ‘racha’ na facção. Os contratos envolvem a prestação de serviços de limpeza e o aluguel de equipamentos eletrônicos.
Os vereadores são suspeitos de direcionar as licitações ao PCC em troca de uma ‘mesada’. Para o PCC, os contratos públicos eram uma estratégia para lavar dinheiro do tráfico de drogas e armas e, no caso do Guarujá, recursos desviados também podem ter sido usados para financiar uma milícia.
A criação de um grupo paramilitar para assumir o monopólio da segurança dos comércios nas imediações de Vicente de Carvalho, no Guarujá, era um projeto pessoal de ‘Meia Folha’, segundo o inquérito. A investigação mostra que o chefão do PCC chegou a viajar para o Rio de Janeiro para aprender em campo como operavam os milicianos.
Investigação revela envolvimento de políticos com o PCC
Assassinatos em série de policiais que faziam bicos com segurança na região chamaram a atenção da Polícia Militar. Os agentes teriam sido eliminados para viabilizar o projeto de milícia de ‘Meia Folha’. Havia um comando para ‘caçar’ esses policiais, segundo a PM.
Esse foi o ponto de partida da investigação, que acabou se deparando com os contratos de empresas ligadas ao traficante com órgãos públicos. O vereador Mário Lúcio da Conceição é apontado como uma espécie de operador das propinas. A suspeita é que ele estivesse encarregado de receber e distribuir o dinheiro da ‘mesada’ entre os vereadores envolvidos.
A investigação também revelou que o PCC utilizou a estrutura da organização criminosa para infiltrar-se na política e no poder público. O objetivo era controlar a segurança e a economia da região, além de lavar dinheiro do tráfico de drogas e armas.
O caso é um exemplo de como o PCC, uma organização criminosa, pode infiltrar-se na política e no poder público, utilizando a corrupção e a violência para alcançar seus objetivos. A investigação é um passo importante para combater a corrupção e a criminalidade no país.
Fonte: @ Estadão
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