Ministério da Gestão afirma que preço elevado se deve à alta temporada na cidade norte-americana, onde ocorre a Assembleia-Geral da ONU.
No mês de setembro, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos realizou uma despesa de R$ 45.851,90 com a compra de duas passagens aéreas em classe executiva para a ministra Esther Dweck. A viagem de ida e volta de Brasília a Nova York foi realizada para que a ministra pudesse participar de uma série de agendas nos Estados Unidos.
Essa viagem foi parte da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a 79ª reunião da Assembleia-Geral da ONU. A ministra Esther Dweck teve a oportunidade de adquirir um bilhete aéreo de alta qualidade, garantindo uma viagem confortável e segura. Além disso, o voo de ida e volta foi realizado sem interrupções, permitindo que a ministra chegasse ao destino com tranquilidade e pudesse realizar suas atividades com eficiência. A eficiência no uso dos recursos públicos é fundamental para o sucesso das missões oficiais.
Passagem aérea: Gastos elevados com viagens oficiais
As informações coletadas pelo Estadão, com base em dados do Diário Oficial da União (DOU) e do Painel de Viagens do Ministério da Gestão e Inovação, revelam que o gasto mais alto até o momento, entre os 100 acompanhantes do presidente, é o da ministra Esther Dweck, que ultrapassa R$ 61 mil. Grande parte desse valor se deve ao preço elevado das passagens de ida e volta, que somam R$ 45.851,90, segundo dados do Painel de Viagens do próprio MGI. A Passagem aérea de Esther Dweck para Nova York foi emitida por uma empresa de Curitiba, chamada Brematur Passagens e Turismo LTDA.
Detalhes da viagem
Os dados do Painel de Viagens do MGI mostram que a viagem foi solicitada no dia 14 de agosto, e que o bilhete aéreo foi emitido no dia seguinte, 15 de agosto. A viagem teve início pouco mais de um mês depois, na última sexta-feira, 20. A companhia aérea que operou o voo foi a Latam – o que não significa, necessariamente, que a ministra voou até os EUA pela companhia. Além disso, Dweck também recebeu seis diárias para cobrir os gastos na cidade, que somaram R$ 14.952,58. A ministra tem previsão de retorno ao Brasil para esta quinta-feira, 26.
Outras viagens
Em março deste ano, a ministra chegou a planejar outra viagem a Nova York, para a 68ª Sessão da Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres (CSW, na sigla em inglês). No entanto, ela acabou não fazendo a viagem por conflitos de agenda. O governo Lula foi representado na ocasião pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e pela deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), entre outras pessoas. Ao Estadão, a pasta disse que a passagem da atual viagem foi comprada no dia 14 de agosto, por uma agência de viagens licitada.
Preços de passagens aéreas
‘Importante ressaltar que nesta época do ano as passagens para Nova York são mais caras em virtude da alta demanda’, disse o MGI, em nota. Além de eventos paralelos à Assembleia Geral, Dweck também participou de reuniões bilaterais, ‘incluindo reuniões com os presidentes do BID e do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), como atual presidenta do Centro Latinoamericano de Administración para el Desarrollo (CLAD)’, disse a assessoria. As reuniões da Assembleia Geral das Nações Unidas ocorrem, tradicionalmente, no fim do mês de setembro. A 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas ocorreu entre 19 e 23 de setembro de 2023, em Nova York, assim como a edição anterior, entre os dias 20 a 26 de setembro de 2022.
Comparação de preços
Em uma consulta feita nesta quarta-feira, 25, em sites de venda de passagens aéreas, como Google Flights e Decolar, é possível localizar passagens entre o Aeroporto Internacional de Brasília e o Aeroporto Internacional John F.Kennedy, em Nova York, em classe executiva, saindo desta quarta-feira, com volta programada após cinco dias – o mesmo período da estadia de Dweck aos EUA – por R$ 45 mil. Caso a passagem fosse comprada com um mês de antecedência, como foi feito pela pasta da ministra, o valor seria de cerca de R$ 27 mil, entre os dias 20 e 26 de outubro, e cerca de R$ 15 mil, se o prazo fosse estendido para seis meses, com previsão de ida e volta para o mesmo período.
Fonte: @ Estadão
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