Compreenda o significado de lapsos de memória e como lidar com eles, especialmente em situações estressantes.
Há duas décadas, em um momento especialmente desafiador dos meus 40 e poucos anos, percebi que estava enfrentando dificuldades cognitivas – ou pelo menos era assim que parecia. Em certos momentos, me via tendo problemas para lembrar de certas palavras: inicialmente, apenas esquecia alguns nomes, mas depois comecei a me atrapalhar com expressões simples (como falar ‘acordar com os bichos’, ao invés do tradicional ‘acordar com as galinhas’). Os testes cognitivos se tornaram uma parte importante da minha rotina, ajudando a monitorar e entender melhor essas questões.
Com o passar do tempo, percebi a importância dos testes de memória como uma forma de avaliar e aprimorar minhas habilidades cognitivas. A prática constante desses testes me ajudou a manter a mente ativa e aprimorar minha capacidade de retenção de informações. Além disso, a realização regular desses testes me proporcionou insights valiosos sobre como minha memória funciona e como posso melhorá-la no dia a dia. Os testes cognitivos e de memória se tornaram aliados essenciais na minha jornada de autocuidado e desenvolvimento pessoal. estressante memória
Desafios dos Testes Cognitivos e de Memória
Cada equívoco aumentava minha aflição, intensificando meus desafios de memória. Ouvindo o hipocondríaco que reside em mim, convenci-me de que sofria de um tumor cerebral. Decidi então consultar minha médica. Ela me submeteu a uma série de perguntas. ‘Que ano é este? Que dia é hoje? Quem é o presidente?’ Respondi corretamente até que ela solicitou que soletrasse a palavra ‘m-u-n-d-o’ ao contrário. Congelei nesse momento, meu coração acelerou. ‘Você consegue contar de 100 a zero, pulando de sete em sete?’ Cheguei a 93, mas não consegui continuar. Comecei a chorar, convicto de que meu diagnóstico estava correto. Os testes cognitivos, também conhecidos como testes de memória, são fundamentais para identificar deficiências cognitivas e revelar alterações passíveis de tratamento.
Descoberta do Diagnóstico de Ansiedade
A médica tranquilizou-me: ‘Você não tem tumor cerebral nem déficit cognitivo, mas sofre de transtorno de ansiedade’, ciente do estresse que eu enfrentava. Recomendou medicamentos para ansiedade e sugeriu a prática de meditação. A preocupação com a cognição e a saúde cerebral não é exclusiva minha. Segundo um estudo de 2020, dois terços dos americanos apresentam algum declínio cognitivo até os 70 anos. O risco de demência ao longo da vida é de 37% para mulheres e 24% para homens. Estatísticas alarmantes.
Disparidades na Saúde Cognitiva
Há diferenças significativas entre as populações. A educação superior e a aprendizagem contínua parecem criar uma ‘reserva cognitiva’ que ajuda a prevenir sintomas. Grupos desfavorecidos têm início precoce, maior risco ao longo da vida e mais anos de comprometimento cognitivo. Raça e etnia também desempenham papel: mulheres brancas têm em média seis anos de comprometimento cognitivo, enquanto mulheres negras e latinas têm 12 e 13 anos, respectivamente.
Avaliação Cognitiva e Testes de Memória
Minha médica utilizou o Mini Exame do Estado Mental (MEEM), uma ferramenta comum de avaliação cognitiva, para identificar deficiências e alterações tratáveis. Embora eficaz, as avaliações cognitivas não são diagnósticas. Ronald Petersen, neurologista da Clínica Mayo, ressalta que elas oferecem uma ideia aproximada do estado cognitivo, mas não são conclusivas. Não devem ser usadas para diagnosticar Alzheimer ou restringir atividades, como dirigir. Esses testes não revelam a causa do comprometimento cognitivo nem a doença subjacente. Petersen enfatiza que são como leituras de pressão, fornecendo informações valiosas, mas não diagnósticos definitivos.
Fonte: @ Estadão
Comentários sobre este artigo