Bet7k, patrocinadora de 5 clubes da Série B, atrai jogadores com promessas de lucro fácil e perfis de falsos experts, investigada pela Operação Máximus da Polícia Federal.
A Polícia Federal realizou uma investigação minuciosa e encontrou áudios que chocaram os investigadores sobre o suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins, alvo da Operação Máximus. Esses áudios revelam detalhes sobre como os envolvidos no esquema agiam para influenciar as decisões judiciais.
Os áudios, que fazem parte do inquérito da Operação Máximus, mostram a extensão do esquema e a participação de pessoas influentes no Tribunal de Justiça do Tocantins. A operação policial foi realizada para desmantelar o esquema e responsabilizar os envolvidos. A Operação Máximus é um exemplo de como a Polícia Federal está trabalhando para combater a corrupção e garantir a justiça no país.
Operação Máximus: Investigação Revela Insatisfação de Magistrados com Pagamentos de Propina
De acordo com os investigadores, as gravações obtidas durante a Operação Máximus revelam a insatisfação de magistrados supostamente ligados ao esquema com os pagamentos de propina feitos de forma fracionada, além da demora nos pagamentos. A Operação Máximus foi desencadeada no último dia 23 de agosto, por ordem do ministro João Otávio Noronha, do Superior Tribunal de Justiça. A Polícia Federal cumpriu dois mandados de prisão preventiva e fez buscas em 60 endereços no Tocantins, em Minas, São Paulo, Goiás e no Distrito Federal.
Investigação e Inquérito: Desdobramentos da Operação Máximus
Os agentes vasculharam dependências do Tribunal de Justiça, e quando a operação foi aberta, a Corte estadual informou que repassou todas as informações necessárias à Polícia Federal. As transcrições e detalhes dos áudios constam da representação que a PF levou ao STJ pela abertura da Operação Máximus. Na ocasião, foi preso Thales André Pereira Maia, filho do desembargador Helvécio de Brito Maia Neto – dois dos principais investigados no inquérito. Na última sexta-feira, 13, o STJ soltou Thales. Helvécio Maia está afastado de suas funções.
Alvos da Investigação e Propina Fracionada
Também são alvo da investigação as desembargadoras Etelvina Maria Sampaio Felipe, presidente da Corte, e Angela Maria Ribeiro Prudente. O Estadão pediu manifestação dos desembargadores via assessoria de imprensa do TJ. Os áudios encontrados pela PF foram identificados em uma conversa com Thales. Eles se referem a apenas um dos onze episódios em que se investiga suposta ‘mercancia’ de decisões judiciais. O caso em questão envolve os interesses de uma mineradora. O inquérito da Operação Máximus teve início com uma denúncia anônima.
Indícios de Corrupção e Pagamento de Propina
A PF foi a campo e conseguiu achar indícios de corrupção em diversos processos – entre eles o da mineradora – com comprovantes de pagamento de suposta propina e áudios de investigados. Segundo a corporação, as gravações ‘demonstram de forma clara que a organização criminosa sob suspeita atua de forma orquestrada para garantir interesses espúrios no Tribunal de Justiça do Tocantins’. Os áudios envolvem três personagens da investigação: Thales, filho do desembargador; Daniel Almeida Vaz, suposto intermediador das negociações; e José Alexandre Silva, sócio administrador da mineradora.
Desembargadores Investigados e Propina
Os desembargadores Helvécio de Brito Maia Neto, Etelvina Maria Sampaio Felipe e Angela Maria Ribeiro Prudente são investigados. De acordo com o inquérito, os arquivos tratam de cobrança de propina, que teria sido intermediada por Daniel, e uma ‘reclamação’ do grupo em receber valores pagos por José Alexandre supostamente a título de propina de forma fracionada. A transcrição das gravações reforça a suspeita de venda de sentenças. No caso da mineradora, a PF reuniu indícios de propinas a três desembargadores, entre eles Helvécio de Brito Maia Neto, ouvidor do TJ de Tocantins. Segundo o inquérito, o desembargador teria recebido R$ 75 mil para ‘praticar ato de ofício infringindo dever funcional’ e beneficiar a mineradora em um processo judicial. As propinas teriam sido pagas por José Alexandre com intermediação de Thales Maia, filho de Helvécio.
Fonte: @ Estadão
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