Jair Bolsonaro foi líder da organização criminosa e peça central da articulação golpista, conforme relatório da PF. Elementos ligam o ex-presidente à tentativa de ruptura institucional, incluindo a disseminação de narrativa falsa sobre urnas eletrônicas de votação, ameaças ao sistema eletrônico e ao estado de exceção no País.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revelou, na terça-feira, 26, o relatório do inquérito conduzido pela Polícia Federal que apurou uma tentativa de golpe de estado comunicações em outubro de 2022.
A investigação, que teve início em novembro de 2022, buscou desvendar o papel de uma organização criminosa que supostamente tentou coibir as comunicações em outubro de 2022. Embora o ministro Alexandre de Moraes divulgasse o relatório na terça-feira, 26, o conteúdo completo ainda não foi publicado. No entanto, informações preliminares indicam que as investigações revelaram uma tentativa de golpe de estado, envolvendo a manipulação de comunicações. A organização criminosa suspeita de estar por trás da tentativa de golpe de estado comunicações tentou obstruir a comunicação livre entre os cidadãos durante o período eleitoral de 2022, com o objetivo de afetar o resultado das eleições. De acordo com as informações disponíveis, a investigação identificou uma tentativa de golpe de Estado e a organização criminosa responsável pelo plano.
Tentativa de Golpe de Estado no Brasil: O Papel de Jair Bolsonaro
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apura uma tentativa de golpe de Estado liderada por Jair Bolsonaro (PL), presidente da República à época dos fatos investigados. A corporação considera que Bolsonaro foi a cabeça de uma organização criminosa que visava reverter o resultado do pleito presidencial de 2022, no qual perdeu a recondução para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A participação do então presidente na tentativa de golpe envolveu a disseminação de uma narrativa falsa sobre a existência de fraude no sistema eletrônico de votação, que serviu como um preparativo para a ruptura do Estado Democrático de Direito.
A investigação da PF aponta que a trama golpista foi orquestrada com o conhecimento e participação direta de Bolsonaro. A participação do presidente na tentativa de golpe vai desde a disseminação da narrativa falsa sobre a existência de vulnerabilidade e fraude no sistema eletrônico de votação até a participação na elaboração da minuta de um decreto que imporia um estado de exceção no País. A PF também aponta que a tentativa de golpe foi articulada e orquestrada com o conhecimento e participação direta de Bolsonaro, e não foi uma ação isolada.
Desestabilização do Estado Democrático de Direito
A PF considera que Jair Bolsonaro começou a desestabilizar o Estado Democrático de Direito desde 2019, seu primeiro ano de mandato, com ataques recorrentes ao sistema eleitoral do País. O então presidente atacou o voto eletrônico e deslegitimou as urnas eletrônicas, o que criou um clima de desconfiança e desestabilização no País. A PF também aponta que os ataques ao sistema eleitoral foram munidos de forma indevida com o aparato da Abin, que foi chefiada por Alexandre Ramagem (PL-RJ) na época.
A campanha contra o sistema eletrônico de votação tinha como objetivo ‘criar o ambiente propício para o êxito da empreitada criminosa’ no caso de uma derrota na eleição de 2022, como de fato ocorreu. A PF também aponta que a reunião ministerial realizada por Bolsonaro em 5 julho de 2022 foi usada para pressionar membros de seu governo a aderirem à campanha contra as urnas e a coletar indícios que pudessem corroborar com a narrativa falsa de fraude no sistema eleitoral. O então presidente pediu uma ‘reação’ a uma alegada fraude no sistema de votação, o que criou um clima de tensão e desestabilização no País.
Minuta de Decreto para Estado de Exceção
A PF aponta que a minuta de decreto para impor um estado de exceção no País foi elaborada com o conhecimento e participação direta de Bolsonaro. A minuta foi usada para criar um clima de medo e desestabilização no País, o que seria usado como um pretexto para impor um estado de exceção e suspender as garantias individuais. A PF considera que a minuta foi um instrumento importante na tentativa de golpe de Estado e que foi usada para criar um clima de desestabilização e medo no País.
A participação de Bolsonaro na elaboração da minuta de decreto também foi usada para pressionar membros de seu governo a aderirem à campanha contra as urnas e a coletar indícios que pudessem corroborar com a narrativa falsa de fraude no sistema eletrônico de votação. A PF também aponta que a minuta de decreto foi usada para criar um clima de tensão e desestabilização no País, o que seria usado como um pretexto para impor um estado de exceção e suspender as garantias individuais.
Reação do Ex-Presidente
Em entrevista no Aeroporto de Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro rechaçou a ideia de que tenha cogitado dar um golpe de Estado e disse que, após a derrota eleitoral, pensou nas ‘medidas possíveis’, mas ‘dentro das quatro linhas’. O ex-presidente também disse que ‘ninguém vai dar golpe com um general da reserva e meia dúzia de oficiais’. A reação do ex-presidente é vista pela PF como uma tentativa de desviar a atenção da investigação e de criar um clima de desestabilização no País.
A PF considera que a reação do ex-presidente é uma tentativa de deslegitimar a investigação e de criar um clima de desestabilização no País. A corporação também aponta que a reação do ex-presidente é uma tentativa de desviar a atenção da investigação e de criar um clima de tensão e desestabilização no País.
Fonte: @ Estadão
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