Indiciados por tentativa de golpe, Bolsonaro e aliados são investigados por atuação de milícias digitais e ataques a opositores, com suspeitas de fraude em cartões de vacina e fraude eleitoral que desestabilizaram a estrutura do Estado.
No cenário político do Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro se encontra no centro de uma investigação. A Polícia Federal realizou indícios contra ele e mais 36 pessoas, envolvidas na mesma investigação. Ela visa desvendar as motivações por trás de uma tentativa de golpe de Estado no país após as eleições de 2022.
Essa investigação pode ser vista como uma ameaça ao Estado Democrático de Direito, que é a base do sistema político brasileiro. O golpe de Estado é uma tentativa de subverter o poder estabelecido e, nesse caso, poderia ter consequências drásticas para o Brasil e seus cidadãos. A Polícia Federal está trabalhando para desvendar os fatos e identificar responsabilidades. Os brasileiros seguem ansiosos pelas próximas informações sobre o caso.
Indiciamento de Bolsonaro: Um Golpe de Estado no Estado Democrático de Direito
A lista de suspeitos indiciados inclui nomes de alto escalão do governo do ex-presidente Bolsonaro, como Walter Braga Netto (Defesa e Casa Civil), Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI), além de aliados próximos, como Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e Filipe Martins, ex-assessor internacional. O principal suspeito, Jair Bolsonaro (PL), foi indiciado por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. Esses crimes podem resultar em 28 anos de prisão.
A conspiração contra o resultado das urnas em 2022 teve diferentes frentes de atuação, denominadas pela PF como ‘núcleos‘ de milícias digitais. Essa investigação teve origem em um inquérito sobre a atuação de grupos que atacavam instituições e opositores do governo Bolsonaro, além de tentar abolição do Estado Democrático de Direito e usar a estrutura do Estado para obter vantagens.
Essa frente foi desmembrada em outros inquéritos, como a apuração de fraudes nos cartões de vacina de Jair Bolsonaro e sua filha Laura. O tenente-coronel Mauro Cid foi detido nesta investigação e firmou um acordo de delação premiada, fornecendo elementos que alimentaram a vertente de apuração de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
A Operação Tempus Veritatis foi deflagrada pela PF em 8 de fevereiro, com elementos citados na delação de Mauro Cid. Ele mencionou um decreto que imporia um estado de exceção no País e o papel-chave do general Walter Braga Netto em uma articulação golpista. No entanto, descobertas posteriores da Polícia Federal, como uma participação de Cid no plano para matar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB), não foram citadas na delação do tenente-coronel.
A PF localizou o plano em um celular e suspeitou que o militar estivesse fazendo ‘jogo duplo’ para proteger aliados. Em audiência, o STF decidiu manter o acordo de delação de Mauro Cid.
Núcleos de Atuação e Golpe de Estado
O inquérito da Polícia Federal identificou seis frentes de atuação, denominadas ‘núcleos’, que atuaram em conjunto para preparar as condições para o golpe de Estado. Cada núcleo tinha um objetivo específico, como atacar instituições, opositores do governo Bolsonaro, abolição do Estado Democrático de Direito e obtenção de vantagens usando a estrutura do Estado.
A investigação apontou que os investigados por conspiração atuavam em seis frentes de atuação, articuladas com os demais núcleos da organização. Essas frentes foram identificadas como:
– Ataque às instituições
– Ataques a opositores do governo Bolsonaro
– Tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito
– Uso da estrutura do Estado para obter vantagens
– Obtenção de fraudes nos cartões de vacina de Jair Bolsonaro e sua filha Laura
Essas frentes de atuação foram articuladas com os demais núcleos da organização, tendo como objetivo preparar as condições para o golpe de Estado.
Fonte: @ Estadão
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