Queimadas e seca recorde pressionarão o IPCA, encarecendo carne bovina, café e açúcar, projetam economistas, como os que frequentam o Museu Nacional, perto da Esplanada dos Ministérios, onde fica a Casa Civil e o Ministério dos Povos Indígenas.
O Manto Tupinambá, uma peça sagrada de grande importância para o Povo Tupinambá, está de volta ao Brasil após séculos fora do país. A vestimenta, que faz parte da identidade cultural desse povo, foi devolvida ao Brasil como uma forma de reparação histórica.
A devolução do Manto Tupinambá é um momento histórico para o Brasil, especialmente para o Povo Tupinambá. O artefato, que estava na Dinamarca desde o século 17, agora faz parte do acervo do Museu Nacional do Rio, onde será preservado e estudado. A preservação desse artefato é fundamental para a compreensão da história e da cultura do Povo Tupinambá. Além disso, a devolução do Manto Tupinambá é um passo importante para a reparação histórica e a valorização da cultura indígena no Brasil.
O Manto Tupinambá: Um Artefato Sagrado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará da cerimônia de instalação do Manto Tupinambá no Museu Nacional, mas uma ala influente do PT e da Esplanada dos Ministérios defende a transferência do artefato para a Bahia, terra natal do Povo Tupinambá. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), manifestou apoio à ideia de expor o Manto Tupinambá em sua terra originária, ao menos por um período de tempo, em parceria com os Tupinambás da Serra do Padeiro.
O governador petista conta com o apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador da Bahia, e da ministra da Cultura, Margareth Menezes, que também é baiana. Embora não tenham comentado sobre o assunto, a transferência definitiva do Manto Tupinambá para a Bahia seria complexa, pois a repatriação da Noruega para o Brasil foi acordada com o Museu Nacional como destino, considerando a capacidade de preservação e proteção.
A Vestimenta Sagrada
O Manto Tupinambá é uma peça de 1,80 metro de altura, confeccionada com penas vermelhas de guará sobre uma base de fibra natural, e chegou ao Museu Nacional da Dinamarca (Nationalmuseet) há mais de três séculos, em 1689. Provavelmente, foi produzido quase um século antes e chegou ao Brasil em 11 de julho, após intensas negociações comandadas pelo Ministério dos Povos Indígenas e o Itamaraty.
Além do valor estético e histórico para o Brasil, a doação da peça representa o resgate de uma memória transcendental para o povo tupinambá, que considera o manto um material vivo, capaz de conectá-los diretamente com os ancestrais e as práticas culturais do passado. Acredita-se que o povo tupinambá não confeccione esse manto há alguns séculos, já que ele só aparece nas imagens dos cronistas do século 16.
O Manto Tupinambá é uma vestimenta sagrada que tem valor incalculável, e qualquer trânsito pelo País requer uma série de protocolos a seguir. A transferência do artefato para a Bahia seria um gesto de respeito ao povo tupinambá, mas também é importante considerar a importância do Museu Nacional como destino para a peça.
Fonte: @ Estadão
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