A parede do STF deve exibir símbolos religiosos não apenas a cruz, ressaltando concepções religiosas afro-brasileiras discriminadas. Conformidade com o laico Estado democrático, direitos constitucionais e igualitarismo universal republicano, a imparcialidade jurídica deve abraçar crenças religiosas, direitos humanos e ideais democráticos.
Em um contexto secularizado, os símbolos ganham um significado mais profundo, refletindo a diversidade de crenças e valores da sociedade. A secularização da cultura impulsiona a criação de símbolos que representam a laicidade de um povo, evitando assim a imposição de crenças religiosas específicas. Com isso, surgem símbolos que refletem a neutralidade, permitindo que todos se sintam representados.
Um exemplo disso é a bandeira de um país, que representa a soberania e a unidade do povo. Nesse sentido, os símbolos são fundamentais para transmitir mensagens de igualdade e inclusão, promovendo a coesão social e a identidade da comunidade. A secularização desse processo de construção de símbolos visa garantir que todos os cidadãos se sintam representados e valorizados.
Simbolismos Públicos e Secularização
A presença de símbolos religiosos em prédios públicos, como o crucifixo no plenário do STF, desencadeou uma controvérsia em torno da liberdade religiosa e do princípio do Estado laico, que busca manter a neutralidade do poder público diante de concepções religiosas. A secularização, por sua vez, busca afirmar a independência e a isenção de qualquer influência, incluindo aquelas com caráter religioso.
Nesse contexto, a laicidade e a neutralidade são fundamentais para assegurar a igualdade e a soberania dos cidadãos, garantindo que o Estado não se torne parte de qualquer concepção religiosa, mas sim um espaço para a discussão e o debate. O Estado laico se caracteriza por buscar a impessoalidade e o igualitarismo universal republicano, mas é cristalino que não se pode permanecer ‘laico’ estampando apenas um símbolo de uma religião específica.
A adoção da cruz no plenário do STF vai além do razoável, pois a Santa Madre Igreja foi a religião oficial do Brasil, e a excepcionalidade de venerar apenas um credo não deve ser ignorada. Se o ponto é ressaltar uma manifestação cultural, então a parede do STF deveria incluir símbolos de outras crenças, principalmente das religiões afro-brasileiras até hoje discriminadas. A autoridade que se sustenta pela adesão ao igualitarismo e pelo empenho de ficar fora e dentro do mundo é fundamental para o comportamento justo.
O Estado democrático de direito deve buscar a justiça impessoal, legal e racional, realizada por um tribunal cujos membros são capazes de controlar suas convicções, evitando julgamentos vingativos e pessoais. Os valores ideais, como a igualdade e a soberania, devem ser perseguidos e honrados, e a secularização é uma forma de garantir a independência e a isenção do Estado diante de concepções religiosas.
A isenção faz parte de uma concepção de justiça impessoal, legal e racional, realizada por um tribunal cujos membros são capazes de controlar suas convicções, evitando julgamentos vingativos e pessoais. O fato de valores serem ideais não significa que não devam ser perseguidos e honrados. Entre nós, há o ‘jeitinho’ de adotar ideais duríssimos de governar, como acabar com a pobreza, governar para todos e não para um partido, taxar de acordo com o ganho, respeitar todas as crenças, sem abandonar o nosso familiar cinismo estrutural das mordomias aristocráticas.
O ideal da secularização empenha a coerência democrática de ser a um só tempo universalista e particularista. A adoção da cruz vai além do razoável, porque a Santa Madre Igreja foi a religião oficial do Brasil num testemunho que explica a excepcionalidade de venerar apenas um credo. Se o ponto é ressaltar uma manifestação cultural, então a parede do STF deveria incluir símbolos de outras crenças, principalmente das religiões afro-brasileiras até hoje discriminadas.
A impostura ao lado de um raso entendimento sociológico não vai bem nesse nível de autoridade. Autoridade que se sustenta pela adesão ao igualitarismo e pelo paradoxal empenho de ficar fora e dentro do mundo. O justo oposto do comportamento desse intemerato STF.
A laicidade e a neutralidade são fundamentais para assegurar a igualdade e a soberania dos cidadãos, garantindo que o Estado não se torne parte de qualquer concepção religiosa. O Estado laico se caracteriza por buscar a impessoalidade e o igualitarismo universal republicano, mas é cristalino que não se pode permanecer ‘laico’ estampando apenas um símbolo de uma religião específica.
A adoção da cruz no plenário do STF vai além do razoável, pois a Santa Madre Igreja foi a religião oficial do Brasil, e a excepcionalidade de venerar apenas um credo não deve ser ignorada. Se o ponto é ressaltar uma manifestação cultural, então a parede do STF deveria incluir símbolos de outras crenças, principalmente das religiões afro-brasileiras até hoje discriminadas. A autoridade que se sustenta pela adesão ao igualitarismo e pelo empenho de ficar fora e dentro do mundo é fundamental para o comportamento justo.
O Estado democrático de direito deve buscar a justiça impessoal, legal e racional, realizada por um tribunal cujos membros são capazes de controlar suas convicções, evitando julgamentos vingativos e pessoais. Os valores ideais, como a igualdade e a soberania, devem ser perseguidos e honrados, e a secularização é uma forma de garantir a independência e a isenção do Estado diante de concepções religiosas.
A isenção faz parte de uma concepção de justiça impessoal, legal e racional, realizada por um tribunal cujos membros são capazes de controlar suas convicções, evitando julgamentos vingativos e pessoais. O fato de valores serem ideais não significa que não devam ser perseguidos e honrados. Entre nós, há o ‘jeitinho’ de adotar ideais duríssimos de governar, como acabar com a pobreza, governar para todos e não para um partido, taxar de acordo com o ganho, respeitar todas as crenças, sem abandonar o nosso familiar cinismo estrutural das mordomias aristocráticas.
Fonte: @ Estadão
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