A família Mangione era conhecida por construir um negócio que os tornou influentes na política local e na caridade, até a prisão de Luigi Mangione, com episódios de violência policial e tentativas de golpe em 2022, destacando a importância das redes sociais na difusão de informações e desafios relacionados à desinformação.
O governo brasileiro enfrenta desafios significativos, refletindo uma lacuna entre a opinião pública e a realidade do regime democrático.
Embora 81% dos brasileiros considerem a democracia o melhor sistema de governo, mais de 55% da população está insatisfeita com o regime no País, indicando um distanciamento entre a percepção e a experiência com o regime democrático. Essa dissonância pode estar relacionada a problemas como inelegibilidade, fraude eleitoral e conflitos de interesse, que afetam a legitimidade do regime. Além disso, a percepção de pessoalismo e falta de representatividade pode ter um impacto negativo na satisfação com o sistema de governo, levando os brasileiros a questionar a eficácia do regime.[1]
Percepção da Democracia no Brasil
Os resultados do levantamento conduzido pelo Observatório da Democracia da Advocacia-Geral da União (AGU) e pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) revelam uma complexidade na percepção da democracia no Brasil. Apenas 15% dos brasileiros discordam da ideia de que a democracia seja a melhor forma de regime, um índice inferior ao da Argentina (20%), Chile (25%) e Colômbia (34%). Esse dado indica uma tendência favorável à democracia no país, mas também reforça a necessidade de medidas para fortalecer o sistema de governo.
Confiança nas Instituições
A confiança nas instituições brasileiras é um aspecto crítico para o regime. Forças Armadas, igrejas e polícias lideram os maiores índices de confiança, enquanto os partidos políticos e as redes sociais apresentam os menores índices. Essa desigualdade é preocupante, pois pode afetar a legitimidade do sistema de governo e a eficácia do regime.
Ameaças ao Sistema Democrático
Os dados também revelam uma percepção de ameaça ao sistema democrático por parte de 70% dos brasileiros. Essa percepção é reforçada por episódios de violência policial e tentativas de golpe em 2022, que enfraquecem a confiança nas instituições e no regime. Além disso, a investigação da Polícia Federal sobre o envolvimento de militares em atos antidemocráticos reforça a percepção de ameaça ao sistema.
Importância das Redes Sociais
A pesquisa destaca a importância das redes sociais na difusão de informações e na influência nas eleições. Para 69% dos entrevistados, as fake news interferem significativamente nas eleições, e 70% acreditam que plataformas como WhatsApp deveriam ser regulamentadas para conter a desinformação. Essa percepção é crucial para o regime, pois a desinformação pode afetar a legitimidade do processo eleitoral e a confiança nas instituições.
Desafios Relacionados à Desinformação
O estudo também revela desafios relacionados à desinformação durante pleitos eleitorais. A Justiça Eleitoral é confiável para 46% dos brasileiros, mas enfrenta desafios para conter a desinformação. Além disso, o Congresso Nacional tem a confiança de apenas 17% dos entrevistados, o que pode afetar a eficácia do regime.
Necessidade de Reformas
O procurador federal Paulo Ceo destaca que os dados apontam para a necessidade de reformas, maior engajamento social e combate à desinformação para revitalizar o regime. Com 3 mil brasileiros entrevistados por telefone entre 30 de novembro e 5 de dezembro, a margem de erro do levantamento foi de 1,8 ponto percentual. A pesquisa explorou oito áreas principais, como confiança nas instituições, participação cidadã e ameaças ao sistema democrático.
Fonte: @ Estadão
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