Candidato chama ex-coach de ‘perigoso’, minimiza ausência de Bolsonaro e cogita cargo no Ministério das Cidades, mostrando habilidade de provocação e rejeição ao candidato, ao apresentador, com intenções de voto e solidariedade ao limite.
O prefeito Ricardo Nunes, candidato à reeleição pelo MDB, manifestou sua solidariedade ao apresentador José Luiz Datena, após o episódio da cadeirada. Nunes destacou a importância de manter a calma em momentos de tensão.
Em uma entrevista recente, Nunes revelou que conversou com Datena para expressar seu apoio e solidariedade após o incidente. O emedebista também enfatizou a necessidade de respeito mútuo entre as pessoas, especialmente em momentos de grande estresse. A política deve ser feita com respeito e diálogo.
Reação ao Limite
De acordo com o atual prefeito, Ricardo Nunes, embora ele discorde da ação do tucano, ele foi ‘praticamente forçado’ a isso. ‘A pessoa tomar uma reação daquela é porque realmente chegou no limite do limite’, afirmou Nunes em sabatina promovida pela Jovem Pan News, nesta terça-feira, 17. O apresentador foi expulso do último debate por agredir o adversário Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira após o ex-coach acusá-lo de assédio sexual.
Nunes disse que entrou em contato com o marqueteiro de Datena, Felipe Soutello, para dar apoio ao apresentador, mas que recebeu uma ligação do adversário logo em seguida. ‘Datena, eu não queria nem falar contigo, mas já que você está me ligando quero deixar minha solidariedade, não que seja correto o que você fez, mas evidentemente você foi praticamente forçado a fazer uma ação daquela ali’, relatou Nunes sobre a conversa.
Habilidades e Rejeição
O emedebista disse que, embora Marçal tenha ‘essa habilidade de provocação que faz parte do jeito dele’, a população está respondendo, fazendo referência à queda nas intenções de voto e ao aumento da rejeição ao ex-coach. No último levantamento do Datafolha, o empresário e influenciador oscilou três pontos porcentuais para baixo, chegando a 19% das intenções de voto. Marçal lidera o nível de rejeição, com 44% dos eleitores dizendo que não votariam no candidato do PRTB.
Perguntado sobre como isso afeta sua estratégia, Nunes disse que terá de ‘fazer yoga e tomar chá de camomila’ para lidar com Marçal, a quem ele chamou de ‘perigoso’. Candidatos a prefeitura de São Paulo participam do debate Rede TV/ UOL.
Relações Políticas
Nunes cogita cargo em possível governo de Tarcísio como presidente. Nunes minimizou a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em compromissos de campanha, justificando que a agenda de seu principal padrinho político está lotada com viagens de apoio a outros candidatos pelo País. Como mostrou a Coluna do Estadão, a programação preparada para o ex-presidente não prevê agenda em eventos organizados pela campanha do prefeito de São Paulo até o dia da votação do primeiro turno das eleições, em 6 de outubro.
‘Se ele puder participar, ótimo, e eu acredito que ele vai ter um espaço na agenda dele’, afirmou. O atual prefeito ressaltou a participação de Bolsonaro por videochamada em um evento de apoio ao emedebista e disse ainda que o ex-presidente participaria de compromissos no período em que veio para a capital para o 7 de Setembro, mas como estava doente, não pode participar. Perguntado sobre sua relação com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), Nunes disse que ele ‘é um grande irmão’. O emedebista ressaltou ainda que, caso Bolsonaro continue inelegível, o atual governador seria um ótimo candidato à Presidência.
Fonte: @ Estadão
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