A polícia encontrou na área do Central Park a mochila do atirador. Ela forneceu informações sobre suas atividades em Nova York em 10 dias, revelando detalhes sobre obras-públicas e violência-policialesca.
Em declarações à imprensa, o governador Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, admitiu que suas palavras podem ter repercutido sobremaneira no cenário da segurança pública em São Paulo, levando a aumentos na violência policial.
A reação do governador às críticas sobre seu discurso de segurança pública foi marcada por uma reflexão profunda sobre o impacto das palavras em ação, destacando a importância da abordagem equilibrada na aplicação da força policial e na promoção da segurança, ordem e proteção às comunidades. “A segurança é um tema complexo, requerendo abordagens diversas, desde a prevenção até a resposta rápida.” Em um tom reflexivo, o governador sublinhou a necessidade de uma gestão sutil das forças policiais, conciliando a necessidade de proteção com a respeito aos direitos individuais, a fim de evitar a confrontação desnecessária entre a polícia e a população, contribuindo para a ordem pública.
Uma Abordagem Integral para a Segurança Pública
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reconheceu publicamente que a segurança pública é uma questão delicada e que o discurso político pode influenciar o comportamento da força policial. Ao declarar que a segurança é uma ferida aberta, o governador mostrou-se sensível às necessidades da população e comprometido em encontrar soluções eficazes. ‘Nossa retórica tem peso e, se errarmos, isso tem consequências’, enfatizou. Para Tarcísio, a chave está em garantir segurança jurídica e o atendimento às normas e procedimentos operacionais, evitando o descontrole e o salvo-conduto. O governador reafirmou seu compromisso com a segurança pública em evento do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), que reuniu líderes políticos e especialistas em segurança, como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. O evento ocorreu em meio a uma crise de opinião pública sobre violência policial e violência-policialesca, destacando a necessidade de revisão da segurança pública. O estopim foi a divulgação de imagens que mostram um policial militar jogando um homem indefeso de uma ponte na zona sul da capital. O caso se soma a outros episódios de violência policial, como a morte do menino Ryan, de 4 anos, baleado em Santos, no litoral paulista. A declaração do governador Tarcísio marcou uma mudança em seu posicionamento, após ocasiões anteriores em que ele demonstrou desdém pelas denúncias de violência policial, argumentando que os indicadores de criminalidade confirmavam o sucesso da política de segurança.
O secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite, esteve presente na declaração do governador, e a professora Joana Monteiro, da FGV, alertou sobre o impacto do discurso de líderes políticos na atuação dos agentes de segurança, destacando a necessidade de investimentos em estratégias específicas para combater diferentes tipos de crimes e de criar um sistema unificado de informações na área de segurança pública. Além disso, ela enfatizou a importância da formação de líderes na área. ‘A gente não investiu na formação de profissionais na área de segurança pública, que não precisam ser, necessariamente, policiais’, afirmou Joana. O ministro Ricardo Lewandowski destacou a importância da aprovação da PEC da Segurança Pública, considerando que é essencial constitucionalizar o Sistema Unificado de Segurança Pública, conhecido como o ‘SUS da segurança pública’.
Fonte: @ Estadão
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