União pode ajuizar ações contra decisões que autorizaram contribuintes a aplicar medida tributária em períodos anteriores a 2017, após vitória no julgamento, em um turno pragmática.
A possibilidade de ter o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), à frente de um ministério em 2025, quando se inicia a segunda metade do governo, foi discutida no gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes mesmo do primeiro turno das eleições municipais. Essa ideia tem gerado controvérsias, especialmente entre a ala esquerda do PT, que critica a aproximação com o Centrão. No entanto, a proposta tem encontrado apoio entre alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que defendem o semipresidencialismo.
A administração de Lula busca fortalecer sua base de apoio no Congresso, e a nomeação de Arthur Lira para um ministério pode ser uma estratégia para garantir o apoio do Centrão nas eleições de 2026. A escolha de Lira pode ser vista como uma tentativa de fortalecer o poder executivo. Além disso, a presidência de Lula busca estabelecer uma relação mais próxima com o Congresso, o que pode ser fundamental para a aprovação de suas propostas. A nomeação de Lira pode ser um passo importante para a consolidação do governo.
O Governo e a Busca por Estabilidade
O grupo que tem um pé no governo e outro no barco do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) parece não se importar com a discussão sobre a possível reforma ministerial no primeiro trimestre de 2025. Enquanto isso, o presidente Lula joga a culpa pela falta de votos em candidatos do PT no próprio partido e evita falar sobre a reforma. ‘Em time que está ganhando não se mexe’, diz ele.
A ideia de levar o presidente da Câmara, Lira, para o governo foi defendida pelo ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT) em entrevista ao Estadão. Ele expressou a preocupação da ala mais pragmática do PT e do Palácio do Planalto, que não sabe como enfrentar o avanço da direita e o fenômeno Pablo Marçal.
O influenciador Pablo Marçal, filiado ao PRTB, ficou em terceiro lugar na briga pela Prefeitura de São Paulo, apesar de não ter tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV. Ele avisou que 2026 é logo ali na esquina, e isso significa que ele está entre nós.
Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada no domingo, 13, testou cenários com Lula, Marçal e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o embate presidencial de 2026. Se as eleições fossem hoje, Lula teria 32% das intenções de voto, Marçal, 18%, e Tarcísio, 15%.
A Proposta de João Paulo e a Busca por Estabilidade
A proposta de João Paulo é que Lira possa auxiliar Lula a juntar o dividido Centrão e a dar estabilidade ao governo após as eleições para a presidência da Câmara e do Senado, em fevereiro de 2025. Com a experiência de quem vivenciou o escândalo do mensalão, João Paulo também diz que não se pode deixar derrotados no caminho após as eleições na Câmara.
O argumento de quem quer o presidente da Câmara no governo é que somente ele, ocupando o primeiro escalão, teria como articular com a parte do Centrão não tão bolsonarista assim uma aliança estratégica em torno de Lula para a disputa da reeleição, em 2026. Afinal, todos sabem que os casamentos ali são de conveniência.
Atualmente, o grupo tem vários pré-candidatos ao Planalto, incluindo os governadores Tarcísio, Ronaldo Caiado (Goiás), Ratinho Junior (Paraná) e Romeu Zema (Minas), além do ‘outsider’ Marçal. Mas por que uma fatia do Centrão ficaria com Lula? Ninguém falou na vaga de vice até agora. O fato, porém, é que essa cadeira, hoje ocupada por Geraldo Alckmin (PSB), desperta muito interesse. E, até lá, outros ingredientes vão aparecer para apimentar ainda mais essa sopa de letrinhas.
Fonte: @ Estadão
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