Eles priorizam gastos com hobbies e estão atentos ao turno das eleições, Supremo Tribunal Federal e briga pela Prefeitura.
A possibilidade de o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), assumir um ministério em 2025, durante a segunda metade do governo, foi discutida no gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes mesmo do primeiro turno das eleições municipais. Essa ideia tem gerado controvérsias, especialmente entre a ala esquerda do PT, que critica a aproximação com o Centrão. No entanto, a proposta tem encontrado apoio entre alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que defendem o semipresidencialismo.
A administração de Lula da Silva pode se beneficiar da experiência de Arthur Lira no comando de um ministério, especialmente em um momento em que o governo busca fortalecer sua base de apoio no Congresso. A presidência da Câmara é um cargo estratégico para o poder executivo, e a nomeação de Lira para um ministério pode ser uma forma de reforçar a aliança com o Centrão. A estabilidade política é fundamental para o sucesso do governo. No entanto, é importante lembrar que a aprovação de projetos importantes depende do apoio de uma ampla base de deputados e senadores. A habilidade política de Lira pode ser um trunfo para o governo.
O Governo e a Busca por Estabilidade
O grupo que tem um pé na canoa do governo e outro no barco do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) parece não se importar com a discussão sobre a possível reforma ministerial no primeiro trimestre de 2025. Enquanto isso, o presidente Lula joga a culpa pela falta de votos em candidatos do PT no próprio partido e evita falar sobre a reforma. ‘Em time que está ganhando não se mexe’, diz ele, desconversando.
A ideia de levar o presidente da Câmara, Arthur Lira, para o governo foi defendida pelo ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT) em entrevista ao Estadão. Ele expressou a preocupação da ala mais pragmática do PT e também do Palácio do Planalto, que não sabe como enfrentar o avanço da direita e o fenômeno Pablo Marçal.
O influenciador Pablo Marçal, filiado ao PRTB, ficou em terceiro lugar na briga pela Prefeitura de São Paulo, apesar de não ter tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV. Ele avisou que 2026 é logo ali na esquina, e isso significa que ele está entre nós.
Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada no domingo, 13, testou cenários com Lula, Marçal e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para o embate presidencial de 2026. Se as eleições fossem hoje, Lula teria 32% das intenções de voto, Marçal, 18%, e Tarcísio, 15%.
A Proposta de João Paulo e a Estabilidade do Governo
A proposta de João Paulo é que Lira possa auxiliar Lula a juntar o dividido Centrão e a dar estabilidade ao governo. Eles estão convencidos de que Lira conseguirá emplacar o deputado Hugo Motta (PB), líder do Republicanos, na sua vaga.
Com a experiência de quem vivenciou o escândalo do mensalão, João Paulo também disse ao Estadão que não se pode deixar derrotados no caminho após as eleições na Câmara. Qualquer semelhança com o desfecho da briga entre Dilma Rousseff e Eduardo Cunha não é mera coincidência.
O argumento de quem quer ver o presidente da Câmara no primeiro escalão do governo é que somente ele teria como negociar com a parte do Centrão não tão bolsonarista assim uma aliança estratégica em torno de Lula para a disputa da reeleição, em 2026. Afinal, todos sabem que os casamentos ali são de conveniência.
O Centrão e a Disputa da Reeleição
Atualmente, o grupo tem vários pré-candidatos ao Planalto. Na lista estão os governadores Tarcísio, Ronaldo Caiado (Goiás), Ratinho Junior (Paraná) e Romeu Zema (Minas), além do ‘outsider’ Marçal. Mas por que uma fatia do Centrão ficaria com Lula? Ninguém falou na vaga de vice até agora.
O fato, porém, é que essa cadeira, se oferecida, pode ser um trunfo importante para Lula na disputa da reeleição. A administração do presidente precisa de estabilidade e apoio do Centrão para aprovar suas propostas e garantir a governabilidade. A presidência da Câmara é um cargo importante na administração do país e pode ser um passo importante para Lira na sua carreira política.
A segunda metade do governo de Lula será crucial para definir o futuro da administração e a disputa da reeleição. A escolha de Lira para o governo pode ser um passo importante para garantir a estabilidade e o apoio do Centrão. O Supremo Tribunal Federal também terá um papel importante a desempenhar na disputa da reeleição, pois pode ser chamado a decidir sobre a elegibilidade de alguns candidatos.
O turno das eleições de 2026 será um momento importante para definir o futuro do país e a disputa da reeleição. A escolha de Lira para o governo pode ser um passo importante para garantir a estabilidade e o apoio do Centrão. O poder executivo precisa de apoio do Congresso para aprovar suas propostas e garantir a governabilidade. A administração do presidente precisa de estabilidade e apoio do Centrão para aprovar suas propostas e garantir a governabilidade.
Fonte: @ Estadão
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