Coordenador do Cemaden: La Niña não será dominante, terá curta duração.
O evento climático La Niña está previsto para não se prolongar por muito tempo e tende a ser de intensidade branda a moderada – no máximo. A previsão é do coordenador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Marcelo Seluchi.
O fenômeno climático La Niña, apesar de sua previsão de curta duração e intensidade moderada, ainda pode impactar as condições meteorológicas em diversas regiões. Acompanhar de perto as mudanças climáticas é essencial para compreender os efeitos do climático La Niña.
La Niña: Fenômeno Climático com Impacto Nacional de Monitoramento e Alertas
A previsão meteorológica indica que estamos em um período de neutralidade climática, mas a probabilidade de ocorrência do La Niña é mais alta nos meses de outubro, novembro e dezembro. As projeções apontam para 75% de chance desse fenômeno climático La se manifestar nesse intervalo.
De acordo com Seluchi, especialista do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas Climáticos, esse La Niña será breve, concentrando-se principalmente no próximo verão. Ele ressalta que esse evento climático será singular em relação aos anteriores, e que é possível fazer previsões mais precisas para os próximos três meses.
Atualmente, as temperaturas dos oceanos estão acima da média, enquanto o La Niña é caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico. Essa disparidade térmica pode influenciar na intensidade do fenômeno, que tende a se manifestar de forma branda a moderada, já que a temperatura do Oceano Pacífico não deve cair abaixo de -1ºC. Outros fenômenos climáticos podem atenuar a dominância do La Niña.
A estação das chuvas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil deve sofrer atrasos, uma tendência observada nas últimas décadas, com uma redução média de 25 dias na estação chuvosa a cada 10 anos. A análise aponta que, exceto pelo Sul do país, onde a precipitação anual permanece estável, as demais regiões têm registrado uma diminuição na quantidade de chuva ao longo do tempo, com mais ocorrências de períodos de seca.
No Paraná, nos próximos três meses, a previsão é de chuvas dentro da média ou abaixo do normal, com a região em transição entre um clima mais chuvoso ao sul e mais seco no centro. Seluchi destaca que a situação de seca no centro-norte do estado não deve se reverter tão cedo. O meteorologista participou de uma live promovida pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) para discutir as condições climáticas locais. Confira mais informações sobre o La Niña no Agro Estadão.
Fonte: @ Estadão
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