Deputados coletam assinaturas para novo pedido de impeachment contra o ministro Alexandre Moraes, por uso do TSE em investigações contra bolsonaristas.
A parlamentar Carla Zambelli (PL-SP) declarou hoje que não endossou o requerimento de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Zambelli, a destituição de um membro do STF requer fundamentação sólida e respeito às normas constitucionais. Ela reiterou sua posição contrária ao afastamento de Moraes e enfatizou a importância do devido processo legal.
Deputada Carla Zambelli enfrenta obstáculos no pedido de impeachment
A deputada federal Carla Zambelli revelou que seu advogado a impediu de subscrever o requerimento de impeachment contra o ministro Alexandre Moraes, devido aos oito processos em que está envolvida na Corte. Zambelli ressaltou que sua assinatura teria um caráter simbólico, uma vez que um pedido de impeachment oficial contra um ministro do Supremo deve ser protocolado no Senado.
No entanto, a parlamentar enfatizou que sua prioridade atual é a deposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em uma publicação nas redes sociais, Zambelli expressou a necessidade de novos apoiadores assumirem a liderança nessa batalha, já que ela está engajada nessa causa desde 2015 e sente a urgência de recuar dois passos.
O pedido de impeachment contra o ministro Moraes, que circula no Congresso, já conta com mais de 115 assinaturas. A base da acusação é de que Moraes teria utilizado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de forma irregular para perseguir bolsonaristas nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.
De acordo com uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo, Moraes teria se valido da estrutura do TSE para embasar suas decisões contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em resposta, o ministro alega que o TSE possui poder de polícia e que os relatórios solicitados foram oficiais e regulares.
Carla Zambelli enfrenta investigações na Suprema Corte, incluindo a suspeita de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022, bem como por suposta participação na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ao lado do hacker Walter Delgatti Neto.
Fonte: @ Estadão
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