O governo manterá compromisso de fazer 15 concessões e acredita que o caminho para manter investidor será construir bons projetos, garantir rentabilidade e condições econômicas com taxa interna de retorno ponderado do custo de capital e regulatório de juros.
Em um cenário de alta juros, a negociação de leilões rodoviários pode se tornar mais desafiadora, pois o investidor busca maximizar o retorno e minimizar o custo. O governo Lula precisa ponderar se a alta taxa de juros afeta negativamente as condições de pagamento das concessões. Em um mercado de alta juros, a taxa de juros pode ser desafiadora para os investidores, podendo afastá-los da negociação.
Agora, o ministro dos Transportes, Renan Filho, admite explicitamente que o momento atual de alta juros e valor do dólar interfere nas negociações de leilões. O objetivo de avançar em 15 concessões em 2025 continua a ser estudado, mas as incertezas econômicas podem afetar o sucesso disso. A alta do juros e do dólar pode ser um fator negativo.
Alta taxa de juros é o maior problema, diz ministro
O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou à Coluna do Estadão que a alta taxa de juros é o maior problema a ser superado para manter a carteira de investimentos atrativa. Ele enfatizou que a alta taxa de juros aumenta a insegurança em relação ao cenário fiscal e inibe investidores ao dificultar a tomada de empréstimos e financiamentos. Para minimizar esses efeitos, Renan Filho orienta que os projetos precisem ter rentabilidade maior para o investidor do que o dinheiro aplicado, garantindo grau máximo de segurança jurídica e previsibilidade dos contratos.
Previsão de mais duas altas da taxa básica de juros
Com a previsão de mais duas altas da taxa básica de juros, o ministro destaca a importância de construir bons projetos que garantam rentabilidade e segurança jurídica. Ele destaca que o projeto de avançar nos leilões rodoviários é um exemplo disso, pois visa garantir a atratividade da carteira de investimentos. Renan Filho também menciona que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não prevê revisar novamente a taxa interna de retorno (TIR), que é baseada no Custo Médio Ponderado de Capital regulatório (CMPCr).
Consulta à sociedade para proposta de concessão da BR-116/251/MG
A ANTT iniciar o período de consulta à sociedade para a proposta de concessão da BR-116/251/MG, que visa garantir a atratividade da carteira de investimentos. O ministro destaca que o número de concessões de rodovias alcançou a melhor marca em 17 anos, mas ficou abaixo da marca estipulada inicialmente pelo ministério. Renan Filho enfatiza que a taxa interna de retorno (TIR) nos projetos de concessão da ANTT é baseada no custo médio ponderado de capital regulatório (CMPCr), que é composto por dois elementos: o spread e o benchmark trimestral.
Taxa interna de retorno (TIR) e custo médio ponderado de capital regulatório (CMPCr)
A TIR nos projetos de concessão da ANTT é baseada no CMPCr, que é composto por dois elementos: o spread e o benchmark trimestral. O spread é aplicável ao período de 2023 a 2025 e foi definido pela Resolução nº 6.004, de 2022. O benchmark trimestral é calculado com base na média aritmética trimestral da parcela fixa da Taxa de Longo Prazo (TLPpré), que é divulgada mensalmente pelo BNDES. Renan Filho enfatiza que as taxas reflitam as condições econômicas atuais, sendo atualizadas periodicamente para assegurar a TIR nos projetos de concessão esteja sempre alinhada ao retorno esperado pelos investidores.
Fonte: @ Estadão
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