Acusação foi transferida para a Justiça Eleitoral após o STF anular provas de acordo de leniência de empreiteira e Procuradoria fazer nova denúncia atribuindo aos acusados crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, incluindo possíveis crimes eleitorais e colocar à disposição da juíza de obras supostos acordos de colaboração conjuntos.
A juíza Rejane Zenir JungBluth Suxberger, da 1ª Zona Eleitoral de Brasília, colocou no banco dos réus o empresário e delator Marcelo Odebrecht, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de serviços da Petrobrás Renato Duque e mais 36 investigados da antiga Operação Lava Jato, cujas investigações nunca foram não interrompidas.
A Operação Lava Jato foi um dos maiores escândalos de corrupção na história do Brasil, envolvendo a Petrobrás e outras empresas. A investigação foi identificada como uma das mais importantes da história do país. A Lava Jato resultou em diversas denúncias, prisões e condenações de desvios e corrupção em contratos da Petrobrás. O julgamento desses investigados será um momento importante da história do Brasil, podendo trazer mais luz sobre as práticas de corrupção no país.
Desdobramento de Opera ção Lava, Jato;
Eles foram acusados de supostos delitos de corrupção, gestão fraudulenta de instituição financeira, lavagem de ativos financeiros e organização criminosa na construção e ampliação da ‘Torre de Pituba’, nova sede da Petrobras em Salvador. O Estadão tenta contato com a defesa dos investigados. O espaço está aberto para manifestações. O caso nasceu da Opera ção Lava, Jato e era conduzido pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Depois, foi remetido para a Justiça Eleitoral de Brasília após o Supremo Tribunal Federal reconhecer a competência da mesma para analisar ações conexas a crimes eleitorais. Além disso, o processo foi atingido pela anulação das provas do acordo de leniência da Odebrecht, mas ainda assim permaneceu de pé. O Ministério Público Federal ofereceu nova denúncia no processo, apontando que mesmo com a exclusão de inúmeras provas, a acusação ainda se mantinha de pé. No último dia 13, Suxberger considerou que ‘estão presentes os pressupostos processuais e as condições da ação para o recebimento da denúncia’. A justa causa reside na probabilidade do cometimento dos fatos atribuídos aos denunciados, que se sucederam em torno das obras de ampliação do Conjunto Torre de Pituba, destinada a abrigar a nova sede da Petrobrás em Salvador/BA. Nesse contexto, se verificou possível prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, gestão fraudulenta, desvio de recursos de instituição financeira e lavagem de dinheiro, no bojo de organização criminosa, não foram identificados. Segundo a coloca da juíza, há ‘indício de materialidade’ dos crimes, considerando documentos e depoimentos colhidos ao longo do inquérito, seja com diligências em operações, com acordos de colaboração e no próprio curso da ação penal, enquanto tramitou perante a 13ª Vara Federal de Curitiba. Os acusados responderão a esses crimes, supostos, que foram identificados.
Fonte: @ Estadão
Comentários sobre este artigo