Déficit de R$ 105,2 bilhões no acumulado do ano até setembro, o pior resultado desde a pandemia de covid, reflete uma situação crítica com déficit orçamentário, onde o Governo Central não consegue gerenciar a remessa de recursos.
A Polícia Federal desmantelou uma organização criminosa liderada por traficantes, que usavam uma rede de proteção para esconder a droga em cascos de navios. A quadrilha, conhecida por sua complexidade, contava com a ajuda de mergulhadores e outros criminosos para transportar a cocaína desde o Porto de Santos.
Nesta operação, a Polícia Federal conseguiu prender vários membros da quadrilha, incluindo Marcel Santos da Silva, Juan Santos Borges Amaral, Carlos Alberto de Almeida Melo, conhecido como ‘Barbinha’, e outros membros, que foram identificados com nomes como ‘Manga’, ‘Gringo’, ‘Fé em Deus’, entre outros. A quadrilha usava casco de navio para esconder a droga e contava com a ajuda de mergulhadores para transportar a cocaína em segurança. A operação também identificou a ligação da quadrilha com o PCC.
Operação Taeguk: Quadrilha Chefe por Traficantes e Mafiosos descoberta
A artimanha usada pela quadrilha que traficou mais de uma tonelada de entorpecente em dez meses, com remessas até a Espanha, China e Coreia do Norte, foi descoberta graças aos dados de acesso de uma Airtag, um aparelho de rastreamento de malas frequentemente usado por viajantes. Essa ferramenta, produzida pela Apple, foi usada para acompanhar as bolsas à prova d’água, que continham cocaína, durante as longas viagens. Os traficantes resolveram esse problema ao encontrar um modo de localizar o entorpecente no destino da remessa, evitando assim que mergulhadores escondessem as drogas em casos de navio.
Uma situação de tal teor foi identificada na Operação Eureka, quando os traficantes brasileiros colocaram um carregamento de cocaína no navio MSC Agadir, que rumou para o porto de Gioia Tauro, na Calábria, no sul da Itália. A droga devia ser recuperada em janeiro de 2020 por mergulhadores italianos, mas eles não conseguiram encontrar o carregamento, o que irritou os mafiosos italianos. O mesmo ocorreu quando o carregamento de droga foi colocado em um navio que rumou para Antuérpia, na Bélgica.
Os detalhes do modus operandi da quadrilha ligada ao PCC constam de decisão do juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos, que colocou a Polícia Federal no encalço da quadrilha na Operação Taeguk. A ofensiva foi às ruas para cumprir dez ordens de prisão preventiva e vasculhar 39 endereços em São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Maranhão. Cinco pessoas foram presas na Baixada Santista e um estava encarcerado. Quatro estão foragidos.
A reportagem busca contato com os investigados. O espaço está aberto para manifestações. Os alvos das ordens de prisão são supostos expoentes da organização criminosa: Marcel Santos da Silva; Juan Santos Borges Amaral; Carlos Alberto de Almeida Melo, o ‘Barbinha’; Francisco Frutuoso Neto, o Manga ou SSCP; Julio Enrique Ramirez Ochoa, ‘Gringo’; Luan Santos Dantas, o ‘Fé em Deus’; Ryan Kageyama Santos; Sergio Luiz Alves dos Santos, o ‘Braço’, Valmir de Almeida; e Rodrigo Borges Amaral. A PF ainda investiga a participação de uma série de outros investigados nos crimes. Aponta inclusive que a extensão dos relacionamentos das pessoas associadas à quadrilha é extremamente ampla, alcançando funcionários e seguranças do Porto de Santos.
Os nomes de Marcel e de Juan foram descobertos pela PF após a apreensão, em janeiro, na Coreia do Sul de 100 quilos de cocaína escondidos no compartimento subaquático do barco M/V Hyundai Oakland. A embarcação havia partido do Porto de Santos com bolsas de lona à prova d’água escondidas dentro da válvula de entrada. Na bolsa também havia oito AirTags – sete comprados e provavelmente instalados em Hong Kong e um
Fonte: @ Estadão
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