Criminalista afirma que ex-ministro preso está indignado, nega participação no Plano Punhal Verde Amarelo e declara não ter dado dinheiro a kids pretos.
Recentemente, o general Walter Braga Netto foi preso no inquérito do golpe, levantando questões sobre a validade da ação. Com a prisão, o ex-ministro se viu em uma situação delicada, com a possibilidade de ser envolvido em uma tentativa de golpe ao estado de direito. Nesse contexto, a mudança do advogado indica que o caso está ganhando mais atenção e importância.
Além disso, a mudança do advogado pode ser vista como uma estratégia para evitar a confirmação do crime político. O advogado, José Luís Oliveira Lima, reafirmou que a mudança não tem relação com a possibilidade de negociar uma delação premiada. No entanto, a mudança ocorreu apenas quatro dias após o início da prisão do general Walter Braga Netto, levantando suspeitas sobre a intenção de atentado ao estado de direito e de direito. A mudança pode ser resultado de uma conspiração para evitar a confirmação do crime político e da ação de tentativa de golpe.
Acordo de colaboração, segundo a defesa, está fora de cogitação, mantendo a inocência
O general Braga Netto não teve participação direta no golpe e não fará colaboração, afirma a defesa. Segundo o advogado, Braga Netto não poderia implicar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e nenhum outro investigado, pois não teve participação no plano de golpe, que representa um atentado ao estado de direito.
General Braga Netto: um democrata e não participou de reuniões golpistas
O general é um democrata e não participou de nenhuma reunião golpista, defende a defesa. Oliveira Lima visitou Braga Netto na quarta-feira, 18, no Comando da 1.ª Divisão de Exército, na Vila Militar, em Deodoro, no Rio de Janeiro. O advogado afirma que o general ficou surpreso e indignado com a prisão. A primeira medida da defesa será pedir o depoimento do ex-ministro para esclarecer pontos que considera importantes.
Tentativa de obstruir investigação: Braga Netto foi preso por tentar obstruir a investigação
Braga Netto foi preso preventivamente por tentar obstruir a investigação sobre o plano de golpe. Segundo a PF, ele tentou conseguir informações sigilosas sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid para repassar a outros investigados e também alinhou versões com aliados. A defesa nega interferências do general. O advogado afirma que as acusações têm como base exclusivamente a versão de Mauro Cid, ‘um delator com credibilidade zero’.
Conspiração e crime político: Braga Netto financiou ação de oficiais das Forças Especiais
A Polícia Federal (PF) também apontou que ele financiou a ação dos oficiais das Forças Especiais do Exército, os ‘kids pretos’, para matar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin, em 2022. Braga Netto teria entregado recursos aos golpistas em uma sacola de vinho. A informação também foi repassada por Mauro Cid em sua delação.
Delatores e credibilidade: Braga Netto rebate acusação de financiar plano de golpe
É uma mentira essa acusação, o general nunca entregou dinheiro para financiar qualquer tipo de plano, rebate Oliveira Lima. É no mínimo curioso, para ser gentil, que oito meses depois, o colaborador, que já mudou de versão várias vezes, agora traga essa fantasiosa versão. O general é um dos 40 indiciados pela PF por golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado de Direito.
Conspiração e crime político: Braga Netto foi citado 98 vezes no relatório do inquérito do golpe
O ex-ministro foi citado 98 vezes no relatório do inquérito do golpe e apontado como ‘figura central’ do plano golpista. A investigação da PF também indicou a influência do general em uma campanha velada, mas agressiva, de pressão ao então comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, para aderir ao golpe.
Plano de golpe e influência: Braga Netto teria usado palestras em clubes militares para defender o ‘poder de pressão política’ das Forças Armadas
Como mostrou o Estadão, em um computador apreendido na sala dos assessores do general Walter Braga Netto, a PF encontrou uma apresentação que teria sido usada por ele em palestras em clubes militares. O material aborda a ‘evolução do relacionamento civil-militar no Brasil’ defende o ‘poder de pressão política’ das Forças Armadas para ‘participar ativamente das decisões nacionais’ e ‘ampliar o poder de influência na Esplanada’.
Prova de inocência: Braga Netto quer esclarecer os fatos o mais rápido possível
A defesa afirma que Braga Netto tem esperanças de provar sua inocência. Ele quer esclarecer os fatos o mais rápido possível.
Fonte: @ Estadão
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