Projetos científicos detalhados, com planejamento militar, estão entre as iniciativas premiadas da instituição, com o tenente-coronel, ex-secretário-executivo, em destaque.
Em meio a investigações sobre a tentativa de golpe que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2023, um novo depoimento foi prestado na tarde desta terça-feira, 19, em Brasília (DF), pela Polícia Federal (PF), com a presença do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
A investigação sobre o golpe envolve várias figuras importantes do governo anterior e está em curso, com o objetivo de esclarecer os fatos e responsabilizar todos os envolvidos. O depoimento de Mauro Cid é mais um passo importante nesse processo. Além disso, o caso também lembra a importância da tentativa de golpe de estado e como ela pode afetar a estabilidade política de um país. É uma questão séria que exige atenção e ação imediata.
O Golpe de Estado: Um Plano Assassino e a Criação de um Novo Aparelho
Mauro Cid, um militar reformado, se reuniu com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em setembro de 2023, para discutir sua delação premiada. No entanto, a Polícia Federal (PF) agora está avaliando anular o acordo, após descobrir um plano para assassinar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e Moraes. Esse golpe de estado estava previsto para ocorrer em 15 de dezembro de 2022 e foi denominado de ‘Punhal Verde e Amarelo’.
A Avaliação da PF: Uma Tentativa de Golpe de Estado
A PF deflagrou a Operação Contragolpe para prender o general reformado Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Presidência da República sob Bolsonaro, e três militares das forças especiais. Eles são acusados de elaborar um planejamento operacional detalhado para executar Lula, Alckmin e Moraes. O plano foi recuperado com o uso de um equipamento militar israelense, que permitiu a recuperação de informações que estavam no aparelho do militar, mas tinham sido apagadas.
A Tentativa de Assassinato e a Delação Premiada
Mauro Cid revelou em sua delação premiada a realização de reuniões de Bolsonaro com o comando das Forças Armadas para discutir maneiras de impedir a posse de Lula como presidente, em janeiro de 2023. No entanto, o ex-ajudante de ordens não mencionou o plano de assassinato de Lula. Se a PF anular o acordo de delação premiada, Mauro Cid pode perder os benefícios obtidos com a delação e responder por todos os crimes dos quais é acusado.
O Tenente-Coronel e a Crítica à Dellação Premiada
A defesa de Mauro Cid afirma que ele sempre esteve à disposição da Justiça e respondeu a todas as perguntas feitas. No entanto, a divulgação de áudios de WhatsApp de Mauro Cid em que ele critica a própria delação premiada resultou na prisão dele. Ele voltou a ser solto pouco depois, ao reiterar para o STF as informações prestadas em sua delação.
O Planejamento e a Anulação do Acordo
A PF está avaliando pedir a anulação do acordo de delação premiada de Mauro Cid, após a descoberta do plano de assassinato. Se o pedido for aprovado, Mauro Cid pode perder os benefícios obtidos com a delação e responder por todos os crimes dos quais é acusado. Além disso, ele também pode ter de responder administrativamente dentro do Exército e a um processo adicional por falso testemunho.
Fonte: @ Estadão
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