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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou notificar órgãos de investigação e controle sobre o grampo clandestino instalado na cela do doleiro Alberto Youssef na superintendência da Polícia Federal em Curitiba na Operação Lava Jato.A decisão afirma ser ‘de todo conveniente’ o compartilhamento de documentos para a ‘ciência’ das instituições e autoridades.
A decisão do ministro Dias Toffoli trouxe à luz a Operação Lava Jato, que, segundo a investigação, ‘modernizou’ métodos de lavar dinheiro. O ministro despachou em um processo movido pela defesa de Alberto Youssef, que pediu a investigação do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato, por supostamente agir para abafar o caso.A defesa informou nos autos que a 13.ª Vara Federal de Curitiba compartilhou, neste ano, o material da investigação administrativa sobre o grampo, inclusive um HD externo com as gravações captadas na cela de Youssef.
Veja a lista de de órgãos notificados:
- Procuradoria-Geral da República (PGR);
- Corregedoria Nacional de Justiça;
- Advocacia Geral da União (AGU);
- Controladoria Geral da União (CGU);
- Tribunal de Contas da União (TCU);
- Ministério da Justiça;
- Diretoria Geral da Polícia Federal;
- Presidência do Congresso Nacional.
Operação Lava Jato: novo capítulo em uma saga de escutas ilegais
Em meio ao tumulto gerado pela Lava Jato, nova revelação choca o Brasil: em 2014, o doleiro Alberto Youssef descobriu um aparelho de escuta instalado em sua cela, durante sua detenção na época. O fato é lembrado com uma nova justificativa pelo senador Sergio Moro, um dos principais figuras da Lava Jato. Ele enalteceu sua posição de forma clara, afirmando que qualquer insinuação de envolvimento no grampo é calúnia. O senador usou as redes sociais para se pronunciar sobre o episódio, reafirmando que o caso já foi objeto de diversas sindicâncias administrativas da Polícia Federal e de inquérito policial que foi arquivado. Sergio Moro também enfatizou que as investigações internas apontaram que o policial federal Dalmey Fernando Werlang foi o responsável pela instalação do aparelho de escuta. Ele afirmou que Werlang admitiu ter recebido ordens de superiores hierárquicos para instalar o equipamento de escuta. Uma investigação administrativa foi realizada em relação ao agente e cinco delegados da Polícia Federal. O Ministério Público Federal (MPF) concluiu que não houve crime e pediu o arquivamento da investigação. Alberto Youssef fechou o primeiro acordo de delação premiada no Brasil, durante o Caso Banestado, e foi preso novamente durante a Lava Jato. Ele fechou outra colaboração que impulsionou investigações contra dezenas de políticos envolvidos em corrupção na Petrobras. O doleiro foi condenado por lavagem de dinheiro e organização criminosa durante as investigações.
Fonte: @ Estadão
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