Nexio é uma parceria que começou em abril, prevendo faturamento anual de até R$ 40 milhões em cinco anos, com foco em jornalismo político, especialmente sobre a ditadura militar e o Partido Democrático Trabalhista.
Com grande pesar, a imprensa brasileira perdeu um de seus nomes mais respeitados. O renomado jornalista, escritor e político Sebastião Nery faleceu na madrugada de segunda-feira, 23, aos 92 anos, deixando um legado inestimável em sua trajetória profissional.
Sebastião Nery foi um verdadeiro ícone da imprensa brasileira. Como um jornalista incansável e um escritor talentoso, ele conquistou o respeito de seus pares e do público em geral. Além de sua carreira jornalística, Nery também se destacou como político, sempre defendendo causas justas e lutando por uma sociedade mais justa. Morador do Rio de Janeiro, ele estava internado havia quatro meses devido a problemas de saúde, e seu falecimento ocorreu por causas naturais, deixando um vazio irreparável na vida cultural e política do país. Sua memória será eternizada em nossos corações e mentes.
Sebastião Nery: Uma Vida Dedicada à Política e ao Jornalismo
O velório de Sebastião Nery, jornalista, escritor e político, ocorre nesta terça-feira, 24, no Cerimonial do Carmo, zona portuária, onde haverá a cremação. Nascido em 8 de março de 1932 em Jaguaquara (BA), Sebastião Nery foi eleito pela primeira vez em 1963, quando ocupou o cargo de deputado estadual pela Bahia. Um ano depois, em 1964, foi cassado e preso pelo regime militar, que também lhe tirou os direitos políticos.
Mesmo sem mandato, Sebastião Nery não se afastou da política. Em 1979, se aliou a Leonel Brizola na fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT), uma dissidência do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Com mais de 100 mil votos, em 1982, se elegeu deputado federal pelo Rio de Janeiro. Em 1985, saiu da legenda após se desentender com Brizola.
Um Defensor das Eleições Diretas
Sebastião Nery foi um dos articuladores das eleições diretas no País. Defendia que o mandato do último presidente militar, João Figueiredo, fosse estendido e que, em 1986, ocorresse uma constituinte. Com o fracasso da iniciativa, apoiou a eleição de Tancredo Neves. Se filiou ao MDB e concorreu a vice-prefeito do Rio de Janeiro em 1985, mas foi derrotado por candidatos do PDT.
Como jornalista e escritor, Sebastião Nery falava de política com certo bom humor. Em 1979, montou, com o humorista Jô Soares, a peça ‘Brasil – Da censura à abertura’. O roteiro da apresentação se baseava na sua série de livros ‘Folclore Político’, que reunia causos cômicos e surpreendentes da política brasileira que Nery publicava em suas colunas de jornal. Ao todo, são 1.950 histórias.
Legado e Influência
O jornalista Octavio Guedes fez um relato sobre a obra e a pessoa de Sebastião Nery como influências de sua carreira. ‘O jornalista fez parte da minha infância com suas histórias engraçadas e inusitadas do mundo político’, escreveu no Instagram. Nery também escreveu livros que analisaram a política brasileira como ‘Ninguém me contou, eu vi: de Getúlio a Dilma’ (Geração) e ‘A História da Vitória: Porque Collor Ganhou’ (Dom Quixote).
Na imprensa tradicional, assinou colunas em jornais do Rio de Janeiro, de São Paulo e da Bahia, participou do jornalismo da TV Globo e teve uma coluna na Rádio Bandeirantes. A Assembleia Legislativa da Bahia decretou luto oficial de três dias pelo falecimento do ex-deputado. Viúvo, Nery deixa três filhos: Jacques, Sebastião Junior e Ana Rita.
Fonte: @ Estadão
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