Instituição obtém autorização judicial para aulas após liminar, mas registro depende de análise; alunos podem perder disciplinas.
A Faculdade Mauá lançou o processo seletivo para um curso de Medicina em Águas Lindas de Goiás sem a chancela do Ministério da Educação (MEC). Esse acontecimento foi viabilizado por meio de uma decisão judicial. Essa situação é parecida com a de outras oito instituições de ensino que adotaram a mesma medida, gerando dúvidas nos estudantes sobre a conclusão do curso.
O curso de Medicina, mesmo com a ausência de autorização do MEC, despertou grande interesse entre os estudantes em Águas Lindas de Goiás. A instituição de ensino está confiante de que a qualidade do ensino e a estrutura oferecida serão diferenciais para atrair os futuros profissionais da área da saúde.
Decisão Judicial Autoriza Classes de Medicina na Faculdade Mauá de Goiás
A Faculdade Mauá, localizada em Goiás, pertencente à mesma família proprietária da UniMauá, sediada no Distrito Federal, está autorizada a oferecer aulas do curso de Medicina por meio de uma liminar judicial. A decisão permite que as classes sejam ministradas enquanto aguardam a avaliação do Ministério da Educação (MEC) sobre o credenciamento do curso. Caso o registro seja negado após a análise do MEC, as aulas poderão ser interrompidas, resultando na perda das disciplinas já cursadas pelos alunos.
A Faculdade Mauá de Goiás e a UniMauá do Distrito Federal, ambas com cursos de Medicina, enfrentam desafios em relação ao registro junto ao MEC. Apesar de pertencerem à mesma família, as instituições possuem CNPJs e composições societárias distintas. A abertura dos cursos sem a autorização do MEC foi justificada pela necessidade de iniciar as aulas semestrais, evitando a perda do semestre acadêmico enquanto aguardam a decisão do órgão regulador.
Os sócios da Mauá de Goiás são Ciro Augusto Teles Lima e João Paulo Teles Lima, enquanto a UniMauá tem como proprietária Dilcia Teles Lima e como gestor administrativo Ciro Augusto Teles Lima. Ambas as instituições contam com o mesmo professor na coordenação dos cursos de Medicina. A proximidade familiar entre as faculdades, apesar das diferenças jurídicas, tem gerado questionamentos sobre a relação entre as IES.
A demora do governo federal em conceder autorizações para a abertura de novos cursos de Medicina tem levado as instituições a recorrerem à Justiça para garantir o início das atividades acadêmicas. A Faculdade Mauá de Goiás realizou um vestibular com 120 vagas, oferecendo descontos na mensalidade para a primeira turma. O curso teve início em 12 de junho, após uma liminar que permitiu a abertura antes da conclusão do processo de autorização pelo MEC.
A instituição aguarda a análise do MEC e ressalta a importância da regularização do curso de Medicina, cumprindo todos os requisitos legais. A judicialização dos processos de abertura de cursos de Medicina tem sido criticada por especialistas, que apontam a desorganização da fila e o risco de graduações que não atendam aos padrões de qualidade necessários. A UniMauá do Distrito Federal também enfrenta desafios em relação ao registro de seu curso de Medicina, após o indeferimento pelo MEC.
Fonte: @ Estadão
Comentários sobre este artigo