Condição de saúde ou logística impede cumprimento do prazo, o candidato deve se dirigir a um desembargador para concordância em realizar novo exame em 10 e 11 de dezembro.
O advogado Renato Gomes Nery, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso, denunciou, em 2012, o desembargador Sebastião de Moraes por suposta corrupção. Nery, de 72 anos, foi assassinado em 2013, em Cuiabá.
Ele acusou Moraes de estar ligado a um grupo que se aproveitava do Judiciário para obter vantagens financeiras. A suposta ligação do desembargador com o grupo foi denunciada por Nery em uma reclamação feita ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2012. Na reclamação, ele afirmou que Moraes estava envolvido em um ‘bando especializado em manipular o Poder Judiciário em proveito próprio, em detrimento da aplicação da lei’. Moraes nega ter praticado qualquer ilícito. Renato Nery descreveu o suposto grupo como ‘bando’ que se aproveitava do Judiciário para obter vantagens financeiras. Ele afirmou que o grupo cometia fraude, desvio de verba pública e suborno para obter benefícios. Além disso, Nery também acusou o grupo de lavagem de dinheiro e improbidade administrativa. As ações do grupo, de acordo com Nery, eram financiadas por meio de _suborno_ e _desvio de verba pública_. As práticas do grupo também incluíam a _lavagem de dinheiro_ para ocultar a proveniência de recursos. A suposta corrupção envolvia a _improbidade administrativa_, que engloba ações que vão desde o _desvio de verba pública_ até a _lavagem de dinheiro_ e a _fraude_.
Revelações de Corrupção em Tribunais
A investigação sobre a conduta do desembargador Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, revela uma trama de corrupção que se estende por anos, envolvendo fraude e desvio de poder. Segundo relatos, Moraes Filho teria uma relação próxima com o advogado Roberto Zampieri, conhecido como ‘lobista dos tribunais’, que foi executado à bala em dezembro do ano passado.
O celular de Zampieri foi encontrado com mensagens que indicam a venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Estado, envolvendo pelo menos quatro servidores da Corte, que incluem dois desembargadores afastados de suas funções. A investigação também sugere que Moraes Filho teria violado seus deveres funcionais ao decidir em um recurso em que atuou anteriormente como juiz de primeiro grau.
A representação do advogado Renato Nery contra Moraes Filho não avançou, pois o ministro Salomão decretou o arquivamento do caso, considerando que não havia fato novo a ser investigado. No entanto, a morte de Nery em outubro do ano passado permanece um mistério, com o pistoleiro atirando pelo menos sete vezes no advogado perto de sua casa.
O Papel do Advogado e da Corrupção
O advogado Sebastião de Moraes, ex-presidente da OAB-MT, sugeriu uma ‘devassa’ para sanear o Poder Judiciário e livrá-lo da corrupção endêmica. Ele recomendou que se apurasse os estragos causados por Judas no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, lembrando que ‘ou acabamos com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil’. O ex-presidente da OAB também argumentou que Moraes teria participado de dois outros julgamentos relacionados à disputa de terras, violando seus deveres funcionais.
A investigação revela que a corrupção não é apenas um problema isolado, mas sim um problema sistêmico que afeta a credibilidade do Poder Judiciário. A lavagem de dinheiro e o suborno também são mencionados como métodos utilizados para manter o poder e a influência.
Os Executores e Mandantes da Corrupção
A Polícia rastreou ações patrocinadas por Sebastião de Moraes para tentar chegar a eventuais executores e mandantes da corrupção. No entanto, a investigação ainda está em andamento, e não há informações concretas sobre os envolvidos.
A disputa de terras que envolveu Nery e Moraes se arrastou por quase 35 anos, com o advogado recebendo as terras como pagamento de honorários. A demanda envolveu uma área de 12.713 hectares e foi um caso de desvio e improbidade.
A corrupção no Poder Judiciário é um problema que precisa ser enfrentado com firmeza e determinação. A investigação deve continuar para esclarecer os fatos e punir os responsáveis. A sociedade precisa ter confiança no Poder Judiciário, e a corrupção não pode ser tolerada.
Fonte: @ Estadão
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