Inovação tecnológica associada a parceiros locais e inteligência artificial fortalece a empresa. Forças, políticas e intenções das lideranças partidárias afetam problemas internos no Brasil. Lideranças politicas disputam controle da legenda.
A campanha eleitoral foi marcada por uma grande mobilização de lideranças de todo o país, mas mesmo assim muitos eleitores optaram por não comparecer às urnas. Diante disso, as forças políticas estão tentando entender as razões pelas quais isso aconteceu, em uma das maiores abstenções da história da redemocratização.
As lideranças políticas estão reavaliando suas estratégias de campanha, questionando se elas foram capazes de alcançar os eleitores de forma eficaz. Alguns estão sugerindo que a falta de conexão com as necessidades cotidianas dos eleitores pode ter contribuído para as maiores abstenções da história da redemocratização. Outros estão defendendo que a dificuldade em se posicionar em relação às questões políticas mais controvertidas pode ter feito com que os eleitores se sentissem desconectados do processo eleitoral.
Eleições sem rumo no Brasil
Quando as campanhas eleitorais finalmente chegaram ao fim, não houve tempo para disfarçar as intenções das lideranças partidárias no país, que rapidamente se concentraram em seus próprios interesses e deixaram de lado os problemas reais dos eleitores. Uma simples busca no noticiário revela que, desde que as urnas foram fechadas, nenhuma discussão relevante sobre os problemas do Brasil em si ocorreu em nenhuma esfera política. Na esquerda, o foco está na disputa pelo controle da legenda, enquanto os dirigentes do PT promovem uma lavagem de roupa suja para justificar a ausência de vitórias expressivas, a despeito da presença na máquina federal. Além disso, a atenção real está em reabilitar José Dirceu como articulador político capaz de garantir a reeleição de Lula daqui a dois anos, como revelou Vera Rosa em sua coluna.
Eleições e disputa pelo poder
O Congresso Nacional está focado nas eleições, especialmente na Câmara, onde Arthur Lira tenta fazer de Hugo Motta seu sucessor. A oposição, por outro lado, pouco propõe sobre assuntos de interesse do País. O ex-presidente Jair Bolsonaro já foi ao Congresso para conversar com caciques políticos, simplesmente para tratar de seu próprio futuro e tentar convencer os parlamentares a aprovar uma anistia para golpistas do 8 de Janeiro, que poderia beneficiá-lo, fazendo com que escapasse do cada vez mais provável destino atrás das grades. Arthur Lira, que jurava ter a reforma tributária como prioridade, agora tem os olhos nas eleições do comando da Casa e trabalha arduamente para alinhar apoios a Hugo Motta, que rapidamente reuniu o apoio de Republicanos, PP e MDB e do PT e PL, que brigam nas eleições como num telecatch, mas estarão juntos na mesma chapa para dividir espaços na Mesa Diretora da próxima Câmara. Nesse sentido, Lira empurrou a discussão sobre a anistia proposta pela turma de Bolsonaro para uma Comissão Especial, impedindo que o assunto tivesse um desfecho na CCJ e permitindo que seja usado como moeda de troca para amarrar os apoios do lado que não quer ver anistia prosperar e daquele que ainda sonha com a possibilidade.
Eleições e desafios ao futuro
O centro, que sai da eleição se dizendo o grande vencedor, exibe novamente as rachaduras que o fazem ter força nas disputas municipais, mas pouca capacidade de liderar uma candidatura competitiva a cada quatro anos nas eleições nacionais. Ciro Nogueira, presidente do PP, ataca Tarcísio de Freitas, enquanto o prefeito Ricardo Nunes acelera seu relógio político em entrevista ao Estadão, defendendo que o MDB apoie o governador ou até o inelegível Bolsonaro para a Presidência em 2026. Enquanto isso, o presidente de seu partido, Baleia Rossi, fala em ter uma opção de centro daqui a dois anos e uma ala governista.
Fonte: @ Estadão
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